Curso sobre CERTIFICAÇÃO DIGITAL na ESA/Guarujá. Início em março/2013

Curso sobre CERTIFICAÇÃO DIGITAL na ESA/Guarujá

Curso sobre CERTIFICAÇÃO DIGITAL na ESA/Guarujá

Eduardo Luccas

>Evolução Tecnológic@_ entrevista Eduardo Luccas, criador da lista de discussão AppleII_br

Eduardo Luccas

O Blog >Evolução Tecnológic@_ entrevistou Eduardo Luccas, criador da  AppleII_br: lista brasileira dos usuários/entusiastas dos micros da linha Apple II.

 

Evoltecno: Luccas, como nasceu o seu interesse pela linha de microcomputadores Apple II?

 

Luccas: Bem, o meu primeiro contato com os computadores Apple II foi quando estava ainda no ginásio, lá pelos idos de 1983 ou 1984, não me lembro da data exata, mas, foi na casa de um amigo que tinha um Milmar Laser IIc (por isso que eu gosto bastante desse modelo em particular!). Ele ligava o micro numa TV de 5” daquelas “do Paraguai”, Broksonic! E ainda por cima usava fita cassete; a unidade de disco era MUITO, mas MUITO cara naquela época. Mesmo assim, com todas essas limitações, era divertido, a gente vivia digitando programas da INPUT: aquela coleção de informática publicada pela Editora Nova Cultural. Recordo-me de um dia o meu amigo carregar do cassete aquele programa do jogo de 21! Depois esse amigo ganhou um Dynavision (o compatível com o Atari), e ligava na mesma TVzinha, ai, quando ia visitá-lo, nós alternávamos o uso do Apple II e do Atari!

Posteriormente, tive bastante contato, e foi ai que eu mexi mesmo no Apple, no curso técnico de Eletrônica, na saudosa E.T.E. Lauro Gomes, de 1987 a 1989, nós tínhamos aula de informática e o laboratório de informática lá tinha um monte de Unitron APII! Dessa vez completos, com a Disk II e tudo o mais. Fora isso, vários amigos tinham Apple II, os que eu mais mexia eram o Exato Pro e o TK3000, que um dos amigos tinha. Era uma época bacana, deixou saudades.

Interessante que eu nunca fiquei muito tempo sem usar o Apple II. No início da década de 90, eu já tinha um Exato Pro, depois um TK3000, e sempre pegava programas com um cara de São Bernardo do Campo, chamado Ricardo (não me lembro o sobrenome, quem sabe se ele ler esta entrevista ele se lembre e entre em contato!), o cara tinha um acervo fantástico de programas de Apple II. Eu cheguei a fazer um programa de controle de locação de cartuchos de videogame, para a locadora de games que o meu irmão teve, de 1994 a 1999! Ai depois disso ficou uns anos parados, e então veio a Internet e todo o interesse saudosista e “hobbystico” do fiel micrinho!

 

Evoltecno: Quais os principais modelos existentes da linha e seus respectivos anos de fabricação?

 

Luccas: Resumidamente, em termos dos equipamentos originais da Apple Computer, tem o Apple II “original” (“não-plus”), que é o clássico de 1977 e que inaugurou a linha; após, saiu o mais conhecido de nós brasileiros, o Apple II+, em 1979; em seguida ao Apple II+, saiu o, também, muito conhecido Apple IIe, em 1983; logo depois, em 1984, o Apple IIc e, por fim, em 1986, o último e o “top” da linha, o Apple IIGS, já um micro de 16 bits, mas com total retrocompatibilidade com o IIe/II+.

Apple II

Aqui no Brasil, os primeiros micros compatíveis com o Apple II+ começaram a aparecer por volta de 1982. Vários fabricantes lançaram modelos, muitas marcas ficaram pouco conhecidas, empresas pequenas e até gigantes do ramo eletrônico da época chegaram a lançar modelos, mas, dentre os mais famosos, posso citar os Unitron (que considero um dos melhores, tanto na qualidade da Eletrônica quanto nos aspecto de suporte e periféricos), os Exatos da CCE, os da Milmar (que resolveu chamar os micros dela simplesmente “Apple II”… :-P), dentre outros.

Até a Microdigital, famosa pelos TKs compatíveis com os micros da Sinclair, entrou com o famoso TK3000, micro muito bom, aliás.

 

Evoltecno: Conte-nos um pouco sobre o surgimento da lista de discussão brasileira AppleII_br, criada para os usuários e entusiastas desse lendário micro.

 

Luccas: A lista AppleII_br foi criada em 2001, por mim e pelo amigo Leandro “acidx” Pereira. Até aquele momento, não havia uma lista global falando sobre o Apple II e então resolvemos criar uma. No início o movimento era baixo, e, confesso que eu cheguei a achar que tinha poucos fãs de Apple II por aqui. Mas, felizmente, estava errado. A partir de 2003 ou 2004, creio, os fãs começaram a “aparecer” e a lista foi ficando bem bacana, com pessoal que gosta mesmo do Apple II, e tem muito conhecimento.

 

Evoltecno: Qual é a maior dificuldade encontrada pelo usuário que deseja manter um Apple II em funcionamento nos dias atuais?

 

Luccas: Basicamente, a principal dificuldade é conseguir peças que não são mais fabricadas. Em que pese o Apple II+ utilizar apenas CIs “de prateleira”, não há muita dificuldade, porém, o Apple IIe, IIGS e o TK3000 têm chips “customizados” e que não são encontrados mais. Por outro lado, sempre há a possibilidade de se construir implementações desses chips em tecnologias modernas (como CPLD ou FPGA). Outros componentes, como memórias, são possíveis de adaptar com o que existe hoje. Outra preocupação são as peças mecânicas, como o teclado, gabinete etc., mas, para isso, sempre há uma solução, o pessoal sempre está discutindo isso na lista AppleII_BR e em outros sites de fãs.

 

Evoltecno: É possível adquirir um exemplar desse micro no Brasil?

 

Luccas: O Apple II+ foi muito popular por aqui, com muitas máquinas compatíveis de diversos fabricantes. Assim, não é difícil de encontrar, ainda que, determinadas máquinas, de marcas e/ou modelos nacionais específicos, sejam bem difíceis de achar devido a baixa tiragem ou a restrita distribuição na época. O Apple IIe, representado majoritariamente aqui pelo TK3000, vendeu muito também, e não é tão difícil de encontrar, ainda que alguns andem abusando um pouco dos preços. As máquinas originais da Apple, por não terem sido importadas em quantidade, na época, são raras por aqui, porém, nos dias de hoje é relativamente fácil encontrar à venda no exterior, em sites como o eBay.

 

Evoltecno: Como fazer para exibir as imagens de um Apple II num monitor LCD ou LED moderno?

 

Luccas: O Apple solta sinal de vídeo composto, assim, podem ser utilizados muitos monitores e TVs de LCD que tenham entrada de vídeo (aquele plug RCA amarelo). Caso não tenha, ai somente com uma saída RGB, o que é um pouco complicado, pois dependerá de placas RGB para o Apple II ou conversores externos do tipo “TV BOX”, embora alguns usuários não tenham gostado muito.

 

Evoltecno: Em sua opinião, qual é a melhor solução existente para substituir os disquetes de 5 1/4” no armazenamento de dados do Apple II?

 

Luccas: Bom, eu devo dizer, antes, que eu sou mais nostálgico e gosto de usar os disquetes “reais”! ;-)

Existem algumas soluções: a mais antiga é o SVD, acrônimo de “Semi Virtual Diskette” ou “Diquete semi-virtual”, é um pequeno circuito que permite ligar a saída da interface Disk II à saída paralela ou serial de um pc moderno, por meio do qual você “monta” as imagens. Eu não gosto desta solução devido ao fato de ser necessário ficar com o Apple “pendurado” num pc, acho isso pouco prático (e nada nostálgico… :-P). Uma outra solução, desta vez “independente”, é a conhecida SDisk. Ela foi feita por um fã do Apple II japonês e é um circuito com um microcontrolador que faz a interface com a Disk II e um cartão SD, em que você grava o arquivo .DSK e ele converte os sinais para a interface de disco. É uma boa, mas, no circuito original só carrega um arquivo, o que estiver primeiro no cartão. O amigo Victor Trucco produziu várias placas dessa por aqui, e, o Fábio Belavenuto propôs uma alteração para colocar um display e selecionar a imagem de disco. Ficou bem melhor.

Mas, na minha modesta opinião, a solução definitiva é a CFFA 3000. Ela é bem conhecida, é uma interface para cartões Compact-Flash ou HDs IDE para o Apple II, que na versão 3000 suporta pen-drives USB e consegue “montar” imagens DSK no slot 6, simulando perfeitamente uma Disk II, inclusive funciona com imagens “nibble” (para jogos protegidos), dá pra carregar várias imagens e ir trocando “on the fly”, enfim, é a melhor solução que existe para isso no Apple II.

 

Evoltecno: Para conhecimento dos entusiastas que desejam permanecer utilizando disquetes, você poderia descrever como alinhar o drive e fazer a limpeza do cabeçote (Disk II)?

 

Luccas: Olha, explicar o alinhamento em poucas palavras é complicado, mas, existem tutoriais e até vídeos na Internet. Note que os drives que precisam de alinhamento são aqueles antigos, os “grandões”. Os drives “slim” dificilmente desalinham, e isso não é necessário. Já o cabeçote é bem mais fácil, podem ser usados aqueles discos de limpeza com álcool isopropílico ou, se não tiver, fabricar um, cortando um papel (pode ser papel comum ou papel de filtro de café, que muitos gostam de usar pelos bons resultados) no mesmo diâmetro da mídia original e colocar no envelope do disco e rodá-lo. Em casos mais extremos de sujeira, será necessário abrir o drive e limpar o cabeçote com um cotonete embebecido no álcool isopropílico.

 

Evoltecno: Em seu site na internet: www.luccas.com.br, você diz que eletrônica é o seu hobby.    Conte-nos um pouco sobre o seu recente projeto da interface de joystick para Apple II. Existem outros em andamento?

 

Luccas: Sim, eu gosto muito de Eletrônica. A AppleJoy era uma ideia antiga, que vinha desenvolvendo e refinando há um tempo. Eu sempre detestei aqueles joysticks analógicos, são muito ruins para se jogar, e imaginava se não teria como ligar um joystick digital tipo o do Atari, que ficaria muito melhor. Estudando como funciona o sistema de joystick do Apple, cheguei a uma solução que acabei “refinando” com o tempo, na medida em que pude chegar até o circuito final, que é esse que todos já conhecem.

Tenho sim, ano que vem deverá sair a “TKJoy” (para TK90X e TK95) e a “ColorJoy” (para CP-400 e outros compatíveis do TRS-Color), esta última é bem semelhante à do Apple, pois, no CP-400 também tem joysticks analógicos, horríveis por sinal. Fora isso, tem algumas ideias em desenvolvimento, vamos ver no que dá… :-D

 

Evoltecno: Quais as soluções já existentes que você recomenda aos usuários e entusiastas desse microcomputador?

 

Luccas: Bem, esta pergunta é um pouco genérica, mas, presumo que esteja se referindo às soluções de utilização de um modo geral. Nestes termos, além da CFFA que descrevi, a qual permite, além de usar as imagens de disco, montar drives de até 32Mb para uso com o ProDOS, e da AppleJoy para joysticks, têm outras coisas interessantes, como o ADTPro, bem conhecida da galera, para transferir imagens de disco ou programas via serial, Ethernet, ou até a entrada de áudio. Por falar em Ethernet, existe uma placa Ethernet, para rede mesmo. Enfim tem vários projetos também sendo tocados pelos entusiastas e fãs do micro!

 

Evoltecno: Por fim, quais os melhores locais nacionais e internacionais na internet, além da lista de discussão AppleII_br, em que podem ser encontradas informações sobre o lendário Apple II?

 

Luccas: Bem, além da lista, um local com informações constantes é o newsgroup comp.sys.apple2, mas é inglês, porém, vale a pena dar uma olhada, pois tem sempre usuários trocando informações. Tem muitos sites de fãs, fóruns também, enfim, é difícil apontar um ou outro, com uma rápida busca no Google é possível encontrar bastante informação.

 

Eduardo Luccas, o Blog >Evolução Tecnológic@_ agradece sua entrevista e deseja sucesso!

 

SDISK II - Emulador de drive para Apple II

Substituindo disquetes por memória flash no Apple II e compatíveis

Tem uma turma que não se cansa de criar soluções para manter viva a alma dos micros clássicos. E outra que não se cansa de aguardar essas soluções (meu caso).

Dentre essas soluções, existe uma muito interessante que substitui o disquete de 5 1/4″ por memória flash, trata-se da SDISK II.

 

SDISK II - Emulador de drive do Apple II

SDISK II – visão traseira da placa de circuito impresso

SDISK II - Emulador de drive do Apple II

SDISK II – rodando o game Donkey Kong a partir da imagem gravada no cartão SD

SDISK II - Emulador de drive para Apple II

SDISK II – cabo flat da controladora de drive do Apple II conectado à placa

SDISK II - Emulador de drive para Apple II

SDISK II – selecionando a imagem de disco por meio do visor LCD

SDISK II - Emulador de drive para Apple II

SDISK II – conectada ao micro Apple II Master

 

A SDISK II, muito bem feita por Victor Trucco, faz as vezes (emula) do drive de disquete do Apple II (DISK II), permitindo carregar programas e games do micro diretamente de um cartão de memória SD. Para tanto, basta rechear a memória do cartão com imagens de disco convertidas para extensão .NIC e conectar a SDISK II na placa controlada de drive do Apple II. O projeto conta com visor LCD e três botões para seleção das imagens. É diversão na certa e uma mão na roda para quem precisa ou quer substituir os velhos disquetes de 180 Kb por face.

Saudações, Rodrigo – evoltecno

Unitron Mac 512

A lenda é real: Unitron Mac 512, o computador brasileiro que enfureceu a Apple de Steve Jobs e abalou as relações comerciais entre os E.U.A. e o Brasil

Unitron Mac 512

Caros leitores do Blog >Evolução Tecnológic@_ – www.evolucaotecnologica.com.br, a história desse computador é INCRÍVEL. Vou tentar sintetizar, mas ainda farei um artigo mais completo e com os devidos ajustes para publicação aqui no blog.

O Unitron Mac 512 abalou as relações comerciais entre o Brasil e os Estados Unidos na segunda metade da década de 1980, inclusive foi um dos estopins para a aprovação da Lei 7.646/87 (Lei do Software).

No Brasil estávamos em plena reserva de mercado da informática. Em apertada síntese, a reserva visava proteger o incipiente mercado nacional, criando restrições para a importação, fabricação e/ou comercialização de computadores e softwares estrangeiros. Fabricantes nacionais “clonavam” os microcomputadores gringos, como o TRS-80, Apple II, Sinclair, copiando a plataforma dessas máquinas ou utilizando engenharia reversa, mas com uma defasagem muito grande do que era novidade lá fora.

A então Apple Computers Inc, de Steve Jobs, tolerava (em parte) que fossem feitos clones de seus Apples II (primeiro microcomputador de sucesso comercial no mundo) por empresas brasileiras como Microdigital, CCE, Dismac, até porque, para Jobs, o Apple II era um projeto que já tinha ficado para trás (sempre foi a paixão de Wosniak), sua visão estava focada no futuro (da Apple, para ele): Macintosh (Mac).

O Mac foi lançado no ano de 1984, numa campanha publicitária nunca antes vista. Para quem não sabe, o Macintosh foi o primeiro microcomputador de sucesso do mundo com interface gráfica e mouse (O Windows ainda não existia). O projeto anterior da Apple não havia vingado: LISA (nome da filha de Steve Jobs). O LISA nasceu a partir de uma visita de JOBS à Xerox, mas isso é outra história a ser contada.

Apple Macintosh de Steve Jobs

Apple Macintosh de Steve Jobs

 

 

Diferentemente do Apple II, o Mac foi projetado para dificultar a criação de clones e compatíveis.

Pois bem, uma empresa brasileira de nome UNITRON fez um feito que se tornou uma lenda geek: DESENVOLVEU NO ANO DE 1985 O PRIMEIRO CLONE DE UM MACINTOSH NO MUNDO !!! E é exatamente o micro das fotos que passou a fazer parte do meu acervo !!!

 

 

 

 

 

 

 

Unitron Mac 512 - foto placa

Unitron Mac 512 – placa do micro com a inscrição “MAC” e “Unitron”

Unitron Mac 512 - etiqueta interna

 

Ocorre que esse feito gerou uma guerra comercial entre o Brasil e os Estados Unidos: a Apple de Steve Jobs utilizou de sua influência junto ao governo norte-americano para que pressionasse o governo brasileiro a não aprovar o projeto da UNITRON, alegando se tratar de uma cópia pirata que violava seus direitos autorais e patentes. O governo norte-americano ameaçou retaliar o Brasil nas relações comerciais, impondo barreiras para os nossos produtos de exportação, como a laranja. Resultado: a UNITRON teve que abandonar o projeto.

 

 

 

Unitron Mac 512 - inscrição na placa de circuito impresso

Unitron Mac 512 – inscrição na placa de circuito impresso

 

A Edição Especial da Revista Veja: “O Ano de 1988″, trouxe a notícia: “Conin proíbe venda de computador Unitron”. “Conin” era o Conselho Nacional de Informática e Automação de nosso país,  instância máxima na qual o pedido de aprovação do Unitron Mac 512 foi parar em sede de recurso, após seu indeferimento  definitivo pela Secretaria Especial de Informática (SEI), órgão este subordinado ao Conin.

 

 

 

 

 

Algumas unidades do Unitron Mac 512 chegaram a ser comercializadas no Brasil, mesmo sem o projeto ter sido aprovado pela SEI. Reza a lenda que foram feitos 200 (duzentos) micros, mas não se sabe ao certo. Um deles passou a integrar minha coleção de computadores antigos (micros clássicos).

 

Matéria publicada na Revista MicroSistemas em 1987

Revista MicroSistemas – Ano VI N. 69 – Junho/1987

Numa das principais listas brasileira de discussão sobre micros clássicos (AppleII_br), foi possível identificar a existência de 7 (sete) exemplares do Unitron Mac 512 no Brasil, incluindo o meu (série número: 60085, ou seja, 85), e segundo informações de um dos usuários da lista que possui um desses exemplares desde o ano de 1987: “computadores completos devem ter sido menos de 50, e eu não duvidaria de um número mais próximos dos 30″.

Verdade é que nenhum desses exemplares encontrados têm número de série acima de 100 (cem).

 

 

 

O colecionador Marcos Velasco é proprietário de dois exemplares dos 7 (sete) acima citados, e segundo informações dele foram produzidos apenas 16 (dezesseis) unidades do Unitron Mac 512.

 

Unitron Mac 512 - visão traseira do micro

Unitron Mac 512 – visão traseira do micro

 

Unitron Mac 512 - etiqueta original

Unitron Mac 512 – etiqueta original presente na parte de trás do micro, que indica sua versão 1.0 e o número de série: 60085.

 

Trata-se de um microcomputador raríssimo, talvez o mais raro do Brasil e um dos mais raros do mundo.

Também reza a lenda que Steve Jobs ficou furioso com o episódio e é fato verídico que na Apple foi fincada uma bandeira pirata ao lado de uma unidade do Mac da Unitron, adquirido pela maçã  para feitura do laudo que comprovaria a cópia da ROM do Apple Macintosh 512. Sobre isto, Rainer Brockerhoff, que trabalhou no projeto da ROM do Unitron Mac 512, disse, em entrevista, que provavelmente a Apple havia pego um protótipo do micro nacional, ainda com a ROM do próprio Mac original.

 

Algumas referências sobre o Unitron Mac 512 encontradas na internet:

Blog do Chester: http://chester.me/mac512-html

Instituto de Economia – UFRJ:http://www.ie.ufrj.br/desenvolvimento/pdfs/novos_espacos_de_possibilidade_para_a_inovacao_tecnologica.pdf

LowEndMac: http://lowendmac.com/clones/unitron.html

MacMagazine: http://macmagazine.com.br/2009/05/30/entrevista-rainer-brockerhoff-fala-sobre-o-projeto-do-macintosh-brasileiro/

Merlintec: http://www.merlintec.com/lsi/mac512.html

Old-Computers.com: http://www.old-computers.com/museum/computer.asp?c=997&st=1

Wikipedia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Unitron_Mac_512

 

Identificação biométrica nas eleições municipais 2012

Segundo informações do Tribunal Superior Eleitoral, mais de 7,7 milhões de cidadãos brasileiros votarão nas eleições municipais de outubro de 2012, fazendo uso da identificação biométrica por meio do reconhecimento das digitais.

Isso vale apenas para quem fez o recadastramento.

Assista o vídeo no Youtube.

Osborne 1 diagonal esquerda

Conheça o primeiro computador portátil da história: Osborne 1

Hoje você se maravilha com o MAC Book Pro com tela Retina. Quer saber como era o primeiro computador portátil da história? Inicialmente, esclareço que pesava mais de 10 Kg e era do tamanho de uma pequena mala de viagem, não obstante sua tela monocromática fosse de aproximadamente 3″ (praticamente do tamanho de uma tela de iPhone 4), falo do Osborne 1.

Osborne 1 - visão frente

Osborne 1 – visão frente c/ teclado destacado do gabinete

Osborne 1 diagonal direita

Osborne 1 na visão diagonal direita

Osborne 1 diagonal esquerda

Osborne 1 na visão diagonal esquerda

Osborne 1 chanfro teclado

Osborne 1 chanfro teclado

Tela do Osborne 1

Osborne 1 – ainda funciona!

Osborne 1 fechado, pronto para ser transportado

Duros tempos do início da era da informática, mas muito divertido. O Osborne 1 leva o nome de seu criador: “Adam Osborne” e foi um dos primeiros computadores portáteis do mundo. Assemelha-se a uma máquina de costura, daquelas que viram uma maleta transportável.

Note-se que um dos fatores que levava o Osborne a ser um “portátil” tão desajeitado e pesado, se comparado aos portáteis que o sucederam, era as duas unidades de armazenamento removível de 5 1/4″ que integram seu gabinete.

O micro da foto está funcionando e passou a fazer parte da minha coleção, que na linha de portáteis antigos já conta com: Epson HX-20, Compaq Portable III, Tandy102, Tandy 1400 FD, entre outros, cada qual posicionado em um período da evolução tecnológica dos computadores.

 

Anúncio Osborne 1

Logo abaixo, transcrevo um texto de apresentação que fiz do seu sucessor (Osborne Executive), agora adaptado para o Osborne 1, por ocasião de um museu itinerário da computação que ficou em exposição durante uma semana na cidade de Santos/SP:

Osborne 1

Primeiro computador portátil de linha comercial do mundo, pode-se afirmar que na evolução dos portáteis é o bisavô dos atuais notebooks. Quando fechado, vira uma maleta com a aparência de uma máquina de costura. Chega a pesar 10 Kg!  Sua tela de fósforo verde (ou âmbar) mede 8,75 x 6.6 cm, e pode apresentar 52 / 80 / 104 caracteres. x 24 linhas. Conta com um processador Z80A, clock de 4 Mhz, 64 Kb RAM, 4 Kb ROM, duas unidades de disquete de 5 ¼”, porta serial (RS232), conexão para o teclado etc. Uma característica interessante desse portátil lançado em 1981, mas que apareceu somente no modelo que o sucedeu (Osborne Executive), está no fato de sua fonte de energia aceitar duas voltagens: 110 e 220V , útil para as pessoas que o carregavam nas suas viagens, sempre com o perigo de contrair uma hérnia :). Aliás, importante salientar que não utilizava qualquer tipo de bateria recarregável, funcionava somente ligado na tomada. Sua origem é norte-americana e o seu nome inspirado no sobrenome do inventor:  Adam Osborne. Era vendido por US$ 1.795 no mercado norte-americano, não chegou a ser comercializado no Brasil.

As fotos do Osborne 1, publicadas neste post, são do exemplar que passou a integrar minha coleção de computadores antigos.

Saudações de evoltecno

Certificado digital em mídia Token

Enviando mensagens assinadas e criptografadas pelo programa de correio eletrônico

Você já deve ter ouvido falar em certificação digital, não? Pois é, trata-se de instrumento essencial na vida de pelo menos duas categorias de profissionais: contabilistas e operadores do direito (advogados, juízes, cartorários, promotores de justiça etc).

Na realidade, essa ferramenta também é essencial no comércio eletrônico desde os primórdios da internet comercial, pois é ela quem assegura as transações comerciais que são feitas pela internet.

Cartões criptográficos

Cartões criptográficos

Quando se envia um e-mail é preciso ter consciência de que ele pode ser interceptado e lido por outra pessoa. Da mesma forma que se “grampeia” o telefone, da mesma forma que se abre uma carta antes que ela chegue ao seu destinatário, uma mensagem eletrônica pode ser objeto de bisbilhoteiros. A única forma de se proteger é criptografando a mensagem que será enviada.

A melhor criptografia existente é a assimétrica, que utiliza duas chaves: uma pública e outra privada. Mas não pretendo tornar técnico este post. O primeiro passo é saber como adquirir uma certificação digital. O ideal é adquirir uma que faça parte da Infra Estrutura de Chaves Públicas Brasileiras (ICP-BRASIL), para tanto, nesta página você encontrará as Autoridades Certificadoras (AC) que comercializam certificados digitais.

Dentre os tipos existentes, recomendo a A3. Este tipo de certificação é gravado num cartão criptográfico, semelhante ao seu cartão de crédito, ou num TOKEN, este semelhante ao seu pen drive.

Certificado digital em mídia Token

Certificado digital em mídia Token

Não há segredo algum para enviar uma mensagem criptografada e/ou assinada.

Com a certificação digital operante em seu computador, abra o programa de correio eletrônico. Neste exemplo, utilizarei o Windows Live Mail.

Abra uma nova mensagem de e-mail e preencha os campos usuais: destinatário, assunto da mensagem etc. Após, selecione a aba “Opções” localizada na parte superior da janela. Dentre as opções disponíveis, estão os botões: “Criptografar” e “Assinar Digitalmente”. Veja a imagem abaixo:

Tela Windows Live Mail

Tela Windows Live Mail

Se você optar apenas por enviar a mensagem “Assinada Digitalmente”, o e-mail encaminhado será assinado digitalmente com a mesma validade da assinatura de próprio punho.

Fazendo uso da analogia, o e-mail é uma carta. Se você enviasse uma carta em papel, estaria assinando com uma caneta, mas como o envio está sendo feito por meio eletrônico de transmissão, a assinatura é feita por meio de uma certificação digital proveniente da ICP-Brasil.

 

 

 

 

 

Selecionado o botão “Assinar Digitalmente”, basta enviar a mensagem. Uma caixa de diálogo será aberta para digitação do seu PIN:

 

Digitação do PIN
Digitação do PIN

O PIN é uma senha de até 8 caracteres que você cadastra quando faz a validação presencial de sua certificação digital. Explico adiante. Quando a certificação digital é adquirida, o titular deverá se dirigir a um posto de atendimento da Autoridade de Registro e se identificar presencialmente. Nesta oportunidade, escolherá uma senha (PIN) de uso pessoal e intransferível, que será requisitada toda vez que fizer uma operação com a certificação.

Digitado o PIN, clique no botão OK e a mensagem eletrônica será enviada.

No caso do envio criptografado, frisa-se: o único processo que protegerá a mensagem, é necessário que o destinatário também tenha uma certificação digital e a chave pública dele esteja previamente cadastrada no seu computador. Funciona da seguinte forma: sua mensagem será criptografada com a chave pública do destinatário, de modo que somente a chave privada dele poderá descriptografar a mensagem. Em outras palavras: se tentarem interceptar o seu e-mail, a mensagem estará codificada, ininteligível, e a única pessoa que conseguira ler será o destinatário que detém o par de chaves.

A chave publica é o que o programa de correio eletrônico chama de “identificação digital”. Um contato é formado por nome, e-mail, telefone, endereço e outros dados, a “identificação digital” é um deles. Para cadastrá-la é necessário receber um e-mail assinado digitalmente dessa pessoa com quem deseja se comunicar de forma segura ou baixar o arquivo num repositório como este aqui. Têm pessoas que disponibilizam o arquivo em seu website.

Esse aquivo pode assumir uma destas extensões: *.P7C, *.P7B e *.CER. Após baixá-lo em seu computador, selecione o contato desejado no seu programa de correio eletrônico e, na opção “Identificações digitais”, clique no botão “Importar” para associar a identificação digital ao e-mail do destinatário. Veja a tela abaixo:

Tela Contato do Windows Live Mail

Tela Contato do Windows Live Mail

Se a chave pública provier de um e-mail assinado digitalmente, simplesmente salve em seus contatos.

Uma vez associada a chave pública ao e-mail de quem deseja se comunicar, basta habilitar o botão “Criptografar” na mensagem que será enviada a essa pessoa.

Procedendo dessa forma, sua troca de mensagens eletrônicas será feita de forma segura.

Até o próximo post,

Rodrigo Marcos Antonio Rodrigues

Unitron Apple II

Mais um micro de 8 bits entrou para minha coleção: Unitron Ap II

Minha coleção de computadores antigos ganhou mais um integrante: Unitron Ap II.

Unitron Apple II

 

 

Havia me deparado com um Unitron Ap II não faz muito tempo, até cheguei a postar uma foto e falar um pouco sobre ele neste link. Porém, o modelo que peguei não tem teclado inteligente, em razão de ser o primeiro modelo lançado.

Infelizmente chegou com a tampa de acrílico quebrada. Os Correios não têm cuidado algum com as encomendas e a pessoa que me vendeu não embalou adequadamente.

 

 

Unitron Ap II - tampa quebrada

Como disse no post anterior, esse modelo é compatível com a linha de microcomputadores Apple II, fabricado pela empresa brasileira Unitron na década de 1980. Acredito que tenha sido o micro mais popular entre os compatíveis do Apple II que eram fabricados no Brasil.

Revisitando um pouco meus posts anteriores, para quem me lê sem noção do que representou a linha de microcomputadores Apple II na evolução tecnológica dos computadores, pode-se dizer que foi o primeiro computador pessoal de sucesso do mundo, cujas primeiras unidades foram fabricadas na garagem da casa dos pais de Steve Jobs, no ano de 1977.

Naquela época (final da década de 1970), existiam outros micros concorrentes, como o Commodore Pet, mas o Apple II superou todos porque tinha uma capacidade incrível de expansão, além do fato de ter um drive de disquetes projetado especialmente para o micro (Disk II), em idos tempos da utilização de fitas cassetes para o armazenamento de dados.

Commodore Pet

Commodore Pet

 

Em comparação com os E.U.A. e outros países, o Brasil estava com uma defasagem de alguns anos do que era novidade lá fora. Para se ter uma ideia, quando o Unitron Ap II e outros micros de 8 bits decolaram no Brasil, a então Apple Computers Inc. já havia lançado o Macintosh e a IBM sua linha de computadores pessoais. Essas duas linhas de microcomputadores somente viriam a habitar o lares domésticos brasileiros no final da década de 1980, início na década de 1990, ainda assim na mão de poucos privilegiados, situação que somente viria a  ser modificada com o final da reserva de mercado no Brasil.