Parte II da coleção de microcomputadores antigos do autor do Blog Evolução Tecnológica – www.evolucaotecnologica.com.br: Unitron Mac 512, TK 2000 II Color da Microdigital, CP 400 da Prológica, Commodore Amiga 600, Unitron Apple II, Apple II Master, Apple Laser IIc Continue reading
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Substituindo disquetes por memória flash no Apple II e compatíveis
Tem uma turma que não se cansa de criar soluções para manter viva a alma dos micros clássicos. E outra que não se cansa de aguardar essas soluções (meu caso).
Dentre essas soluções, existe uma muito interessante que substitui o disquete de 5 1/4″ por memória flash, trata-se da SDISK II.
A SDISK II, muito bem feita por Victor Trucco, faz as vezes (emula) do drive de disquete do Apple II (DISK II), permitindo carregar programas e games do micro diretamente de um cartão de memória SD. Para tanto, basta rechear a memória do cartão com imagens de disco convertidas para extensão .NIC e conectar a SDISK II na placa controlada de drive do Apple II. O projeto conta com visor LCD e três botões para seleção das imagens. É diversão na certa e uma mão na roda para quem precisa ou quer substituir os velhos disquetes de 180 Kb por face.
Saudações, Rodrigo – evoltecno
A lenda é real: Unitron Mac 512, o computador brasileiro que enfureceu a Apple de Steve Jobs e abalou as relações comerciais entre os E.U.A. e o Brasil
Caros leitores do Blog >Evolução Tecnológic@_ – www.evolucaotecnologica.com.br, a história desse computador é INCRÍVEL. Vou tentar sintetizar, mas ainda farei um artigo mais completo e com os devidos ajustes para publicação aqui no blog.
O Unitron Mac 512 abalou as relações comerciais entre o Brasil e os Estados Unidos na segunda metade da década de 1980, inclusive foi um dos estopins para a aprovação da Lei 7.646/87 (Lei do Software).
No Brasil estávamos em plena reserva de mercado da informática. Em apertada síntese, a reserva visava proteger o incipiente mercado nacional, criando restrições para a importação, fabricação e/ou comercialização de computadores e softwares estrangeiros. Fabricantes nacionais “clonavam” os microcomputadores gringos, como o TRS-80, Apple II, Sinclair, copiando a plataforma dessas máquinas ou utilizando engenharia reversa, mas com uma defasagem muito grande do que era novidade lá fora.
A então Apple Computers Inc, de Steve Jobs, tolerava (em parte) que fossem feitos clones de seus Apples II (primeiro microcomputador de sucesso comercial no mundo) por empresas brasileiras como Microdigital, CCE, Dismac, até porque, para Jobs, o Apple II era um projeto que já tinha ficado para trás (sempre foi a paixão de Wosniak), sua visão estava focada no futuro (da Apple, para ele): Macintosh (Mac).
O Mac foi lançado no ano de 1984, numa campanha publicitária nunca antes vista. Para quem não sabe, o Macintosh foi o primeiro microcomputador de sucesso do mundo com interface gráfica e mouse (O Windows ainda não existia). O projeto anterior da Apple não havia vingado: LISA (nome da filha de Steve Jobs). O LISA nasceu a partir de uma visita de JOBS à Xerox, mas isso é outra história a ser contada.
Diferentemente do Apple II, o Mac foi projetado para dificultar a criação de clones e compatíveis.
Pois bem, uma empresa brasileira de nome UNITRON fez um feito que se tornou uma lenda geek: DESENVOLVEU NO ANO DE 1985 O PRIMEIRO CLONE DE UM MACINTOSH NO MUNDO !!! E é exatamente o micro das fotos que passou a fazer parte do meu acervo !!!
Ocorre que esse feito gerou uma guerra comercial entre o Brasil e os Estados Unidos: a Apple de Steve Jobs utilizou de sua influência junto ao governo norte-americano para que pressionasse o governo brasileiro a não aprovar o projeto da UNITRON, alegando se tratar de uma cópia pirata que violava seus direitos autorais e patentes. O governo norte-americano ameaçou retaliar o Brasil nas relações comerciais, impondo barreiras para os nossos produtos de exportação, como a laranja. Resultado: a UNITRON teve que abandonar o projeto.
A Edição Especial da Revista Veja: “O Ano de 1988″, trouxe a notícia: “Conin proíbe venda de computador Unitron”. “Conin” era o Conselho Nacional de Informática e Automação de nosso país, instância máxima na qual o pedido de aprovação do Unitron Mac 512 foi parar em sede de recurso, após seu indeferimento definitivo pela Secretaria Especial de Informática (SEI), órgão este subordinado ao Conin.
Algumas unidades do Unitron Mac 512 chegaram a ser comercializadas no Brasil, mesmo sem o projeto ter sido aprovado pela SEI. Reza a lenda que foram feitos 200 (duzentos) micros, mas não se sabe ao certo. Um deles passou a integrar minha coleção de computadores antigos (micros clássicos).
Numa das principais listas brasileira de discussão sobre micros clássicos (AppleII_br), foi possível identificar a existência de 7 (sete) exemplares do Unitron Mac 512 no Brasil, incluindo o meu (série número: 60085, ou seja, 85), e segundo informações de um dos usuários da lista que possui um desses exemplares desde o ano de 1987: “computadores completos devem ter sido menos de 50, e eu não duvidaria de um número mais próximos dos 30″.
Verdade é que nenhum desses exemplares encontrados têm número de série acima de 100 (cem).
O colecionador Marcos Velasco é proprietário de dois exemplares dos 7 (sete) acima citados, e segundo informações dele foram produzidos apenas 16 (dezesseis) unidades do Unitron Mac 512.
Trata-se de um microcomputador raríssimo, talvez o mais raro do Brasil e um dos mais raros do mundo.
Também reza a lenda que Steve Jobs ficou furioso com o episódio e é fato verídico que na Apple foi fincada uma bandeira pirata ao lado de uma unidade do Mac da Unitron, adquirido pela maçã para feitura do laudo que comprovaria a cópia da ROM do Apple Macintosh 512. Sobre isto, Rainer Brockerhoff, que trabalhou no projeto da ROM do Unitron Mac 512, disse, em entrevista, que provavelmente a Apple havia pego um protótipo do micro nacional, ainda com a ROM do próprio Mac original.
Algumas referências sobre o Unitron Mac 512 encontradas na internet:
Blog do Chester: http://chester.me/mac512-html
Instituto de Economia – UFRJ:http://www.ie.ufrj.br/desenvolvimento/pdfs/novos_espacos_de_possibilidade_para_a_inovacao_tecnologica.pdf
LowEndMac: http://lowendmac.com/clones/unitron.html
MacMagazine: http://macmagazine.com.br/2009/05/30/entrevista-rainer-brockerhoff-fala-sobre-o-projeto-do-macintosh-brasileiro/
Merlintec: http://www.merlintec.com/lsi/mac512.html
Old-Computers.com: http://www.old-computers.com/museum/computer.asp?c=997&st=1
Wikipedia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Unitron_Mac_512
Conheça o primeiro computador portátil da história: Osborne 1
Hoje você se maravilha com o MAC Book Pro com tela Retina. Quer saber como era o primeiro computador portátil da história? Inicialmente, esclareço que pesava mais de 10 Kg e era do tamanho de uma pequena mala de viagem, não obstante sua tela monocromática fosse de aproximadamente 3″ (praticamente do tamanho de uma tela de iPhone 4), falo do Osborne 1.
Duros tempos do início da era da informática, mas muito divertido. O Osborne 1 leva o nome de seu criador: “Adam Osborne” e foi um dos primeiros computadores portáteis do mundo. Assemelha-se a uma máquina de costura, daquelas que viram uma maleta transportável.
Note-se que um dos fatores que levava o Osborne a ser um “portátil” tão desajeitado e pesado, se comparado aos portáteis que o sucederam, era as duas unidades de armazenamento removível de 5 1/4″ que integram seu gabinete.
O micro da foto está funcionando e passou a fazer parte da minha coleção, que na linha de portáteis antigos já conta com: Epson HX-20, Compaq Portable III, Tandy102, Tandy 1400 FD, entre outros, cada qual posicionado em um período da evolução tecnológica dos computadores.
Logo abaixo, transcrevo um texto de apresentação que fiz do seu sucessor (Osborne Executive), agora adaptado para o Osborne 1, por ocasião de um museu itinerário da computação que ficou em exposição durante uma semana na cidade de Santos/SP:
Osborne 1
Primeiro computador portátil de linha comercial do mundo, pode-se afirmar que na evolução dos portáteis é o bisavô dos atuais notebooks. Quando fechado, vira uma maleta com a aparência de uma máquina de costura. Chega a pesar 10 Kg! Sua tela de fósforo verde (ou âmbar) mede 8,75 x 6.6 cm, e pode apresentar 52 / 80 / 104 caracteres. x 24 linhas. Conta com um processador Z80A, clock de 4 Mhz, 64 Kb RAM, 4 Kb ROM, duas unidades de disquete de 5 ¼”, porta serial (RS232), conexão para o teclado etc. Uma característica interessante desse portátil lançado em 1981, mas que apareceu somente no modelo que o sucedeu (Osborne Executive), está no fato de sua fonte de energia aceitar duas voltagens: 110 e 220V , útil para as pessoas que o carregavam nas suas viagens, sempre com o perigo de contrair uma hérnia :). Aliás, importante salientar que não utilizava qualquer tipo de bateria recarregável, funcionava somente ligado na tomada. Sua origem é norte-americana e o seu nome inspirado no sobrenome do inventor: Adam Osborne. Era vendido por US$ 1.795 no mercado norte-americano, não chegou a ser comercializado no Brasil.
As fotos do Osborne 1, publicadas neste post, são do exemplar que passou a integrar minha coleção de computadores antigos.
Saudações de evoltecno
Brother AX-525 Word Processing Typewriter
As máquinas de escrever eletrônicas com processador do Word (Word Processor) incorporado foram populares nos Estados Unidos e outros países do globo nas décadas de 1970 e 1980. No Brasil, não chegaram a popularizar, mas podiam ser encontradas em escritórios Continue reading
Mais um micro de 8 bits entrou para minha coleção: Unitron Ap II
Minha coleção de computadores antigos ganhou mais um integrante: Unitron Ap II.
Havia me deparado com um Unitron Ap II não faz muito tempo, até cheguei a postar uma foto e falar um pouco sobre ele neste link. Porém, o modelo que peguei não tem teclado inteligente, em razão de ser o primeiro modelo lançado.
Infelizmente chegou com a tampa de acrílico quebrada. Os Correios não têm cuidado algum com as encomendas e a pessoa que me vendeu não embalou adequadamente.
Como disse no post anterior, esse modelo é compatível com a linha de microcomputadores Apple II, fabricado pela empresa brasileira Unitron na década de 1980. Acredito que tenha sido o micro mais popular entre os compatíveis do Apple II que eram fabricados no Brasil.
Revisitando um pouco meus posts anteriores, para quem me lê sem noção do que representou a linha de microcomputadores Apple II na evolução tecnológica dos computadores, pode-se dizer que foi o primeiro computador pessoal de sucesso do mundo, cujas primeiras unidades foram fabricadas na garagem da casa dos pais de Steve Jobs, no ano de 1977.
Naquela época (final da década de 1970), existiam outros micros concorrentes, como o Commodore Pet, mas o Apple II superou todos porque tinha uma capacidade incrível de expansão, além do fato de ter um drive de disquetes projetado especialmente para o micro (Disk II), em idos tempos da utilização de fitas cassetes para o armazenamento de dados.
Em comparação com os E.U.A. e outros países, o Brasil estava com uma defasagem de alguns anos do que era novidade lá fora. Para se ter uma ideia, quando o Unitron Ap II e outros micros de 8 bits decolaram no Brasil, a então Apple Computers Inc. já havia lançado o Macintosh e a IBM sua linha de computadores pessoais. Essas duas linhas de microcomputadores somente viriam a habitar o lares domésticos brasileiros no final da década de 1980, início na década de 1990, ainda assim na mão de poucos privilegiados, situação que somente viria a ser modificada com o final da reserva de mercado no Brasil.
Interface de joystick para Apple II
Eu sempre preferi jogar os games no Apple II com o próprio teclado do micro. Lembro que era muito ruim calibrar os eixos x e y do joystick, fora que eu achava os controles de péssima qualidade, quebravam facilmente …
Se na época em que o Apple II reinava já era difícil encontrar joysticks para ele no Brasil, hoje em dia é tarefa hercúlea. Pensando em atender os amantes da lendária linha Apple II, o Eduardo Luccas desenvolveu uma interface de joystic, por meio da qual é possível utilizar controles do atari, snes, master system, mega drive etc. Comprei uma do Luccas, mas ainda não tive de tempo de testá-la.
Fotos da interface:
E como disse acima, o joystick sempre foi um periférico difícil de se encontrar para os Apples II e outros micros de 8 bits nacionais. Lendo no meu tablet a edição de n.16 da Revista Micro Sistemas (jan/1983), um leitor enviou a seguinte carta: “Gostaria de saber como adquirir um par de joystick compatível com o CP-500 da Prologica”. A resposta da revista foi a seguinte: “A Prologica e diversos revendedores de periféricos afirmaram que ainda não existe este equipamento, de fabricação nacional e compatível com o CP-500, no mercado”.
O CP-500 era um micro compatível com a linha TRS-80, concorrente dos Apples II compatíveis que eram fabricados na década de 1980 no Brasil.
Vídeo de demonstração do funcionamento:
Transferência de imagem de disco do PC p/ o Apple II por meio do canal de áudio
Vídeo que demonstra a transferência de imagem de disco do PC (moderno) p/ o Apple II (antigo), por meio do Continue reading
Yoda pen drive
Master of Masters now in my pocket
by evoltecno
Mais um Apple II compatível entrou para minha coleção: Apple Master
O micro da foto é um Apple II Plus compatível, recente aquisição que fiz para integrar minha coleção. É um exemplar intrigante porque veio com uma etiqueta colada: Apple Master.
Não sei quem é o fabricante. É muito parecido com um micro que era fabricado por uma empresa asiática chamada UNITRON (não se trata da empresa brasileira).
Fato é que ele tem um teclado inteligente e está funcionando perfeitamente, salvo um pequeno acidente.
Veio acompanhado de um monitor Videocompo de fósforo verde e dois drives de 5 1/4″, um deles lacrado, nunca havia sido utilizado !!!
Infelizmente, quando fui ligar o drive zerado começou a sair fumaça, momento em que desliguei rapidamente o micro.
Verifiquei que uma das trilhas da placa controladora foi danificada. No caso do drive, acredito que um capacitor tenha vazado, pois se trata de uma peça muito antiga.
Substituí por outra controladora e conectei o outro drive. O software que está sendo executado na foto (Datalife) serve para testar o funcionamento dos drives.
Saudações, Rodrigo – evoltecno