Cartuchos CP 400 Kb

Garimpei algumas raridades

Visitando uma antiga loja em SP, reduto de colecionadores, encontrei algumas raridades que passaram a integrar minha coleção de microcomputadores antigos. O mais incrível é que todos os itens têm quase 30 anos de idade e estão lacrados!

Itens coleção

Da esquerda para direita: cartucho “Editor” do CP 400, placa CPM da Dismac (compatível com Apple II) e cartucho “Tênis” do CP400. Logo abaixo, caixa de disquete de 5 1/4″ da Fujifilm.

O CP 400 é um microcomputador de 8 bits que foi fabricado pela empresa Prológica na década de 1980, em plena reserva de mercado no Brasil. Ele funciona com cartuchos, como o MSX e o Atari 400/800, mas também pode rodar programas em fita cassete ou disquete de 5 1/4″, desde que conectado a um gravador de fita cassete ou unidade de disco removível compatível (drive), respectivamente, periféricos vendidos à parte naquela época. O cartucho da esquerda é um aplicativo chamado “Editor” e o da direita um game de tênis.

Cartuchos CP 400

O cartucho “Tênis” tem apenas 4 Kb, mais ou menos a capacidade de um cartucho do videogame Atari 2600, e o cartucho “Editor” tem 8 Kb. É claro que não dava para fazer muita coisa com essa quantidade de memória, os gráficos eram bem simples e os programas limitados, mas era o que existia na época e fazia a alegria de muita gente.

Cartuchos CP 400 Kb

A Prológica fabricava outros micros dessa linha CP (Computador Pessoal), o mais simples era o CP 200 e o mais sofisticado o CP 500.

Cartucho da Prológica

A DISMAC, empresa brasileira conhecida por fabricar calculadoras, fabricava um Apple II compatível na década de 1980 e a placa CPM da foto servia para permitir a execução do sistema operacional CP/M, necessário para rodar o programa WordStar (processador de  texto que precedeu o Word), por exemplo.

Alguns disquetes de 5 1/4″ costumavam ser comercializados em um estojo de acrílico, é o caso dessa caixa de disquetes da Fujifilm. Os disquetes da foto são de alta densidade (HD – High Density) e por esse motivo não funcionam em drives do Apple II e de outros micros de 8 bits. Esses disquetes eram utilizados com os PC IBM e compatíveis, em modelos como o XT, AT 286/386/486 … no Brasil já estávamos na década de 1990, em que os micros como o Apple II já haviam perdido espaço para os novos PCs …

Caixa disquete 5 1/4 Fujifilm

A era pré-internet no Brasil

Tela do videotexto

Antes da internet surgir comercialmente em meados da década de 1990 no Brasil, já dispunhamos de tecnologias que possibilitavam o acesso a serviços públicos de comunicação de dados e banco de informações.

Conheça os principais a partir de um anúncio do computador SPECTRUM ed:

Cirandão – oferecia serviços de mensagens eletrônicas da Embratel nas principais cidades brasileiras.

Videotexto – serviço da antiga Telesp, onde podiam ser consultados dezenas de bancos de dados com informações sobre indíces econômicos, turismo, notícias de jornais, lazer, contas bancárias etc.

Aruanda – acesso ao banco de dados do Serpro para consulta de informações estatísticas diversas.

Conectava-se pela linha telefônica analógica numa velocidade que não ultrapassava 1.2 kbps, era muito, mas muito mais lento do que uma conexão popular de banda larga. Lembro que era possível ver a programação dos cinemas, indíces econômicos, horóscopo, notícias, acessar serviços bancários simples, como visualizar o saldo da conta, e até mesmo bater um “videopapo”. No caso do Videotexto, não aparecia barra de rolagem na tela, os gráficos eram em baixa resolução e com poucas cores (quando ligado a um monitor colorido ou tv).

No Brasil, esses serviços foram acessados por microcomputadores como UNITRON, TK 3000, EXATO pro CCE, dentre outros apples II compatíveis, MSX Expert da Gradiente, CP 500, COBRA e tantos outros que antecederam a chegada no Brasil dos PCs IBM e compatíveis.

A cidade de Santos tinha o seu próprio canal no sistema de VIDEOTEXTO, saiba mais.

Com a entrada dos PCs IBM e compatíveis e conforme a tecnologia evoluia, surgiram modems mais rápidos, lembro das placas US ROBOTICS de 14.400 bps, 28.800 bps e arrasadores 56 Kbps, na época praticamente um avião supersônico rs, mas ai já havíamos entrado na era da telefonia digital e internet …

Saudações, Rodrigo Marcos Antonio Rodrigues

A evolução tecnológica dos computadores e a liberdade de expressão

No princípio da evolução tecnológica, os computadores eram máquinas de fazer cálculos, hoje caminham para substituir o homem em diversas atividades do cotidiano, inclusive na tomada de decisões. A década de 1980 ficou conhecida como a “era da informática”, não foi por acaso. É inegável que a internet impulsionou a informática na década de 1990, derrubando fronteiras e criando um mundo conectado, mas a década de 1980 foi marcada pelo início da disseminação dos computadores pessoais, que já apresentavam recursos tecnológicos que permitiam a manifestação do pensamento através de redes públicas de informação, como Cirandão, Videotexto e Aruanda.

Em plena reserva de mercado no Brasil, equipamentos nacionais como o Unitron, compatível com o Apple II, eram comercializados com placas de rede. O Unitron vinha com uma interface RS232C incorporada. Até mesmo os micros portáteis, como o Tandy 102, fabricado no Japão pela Kyocera e compatível com a linha TRS-80 (mesma dos famosos micros CP 500 da Prológica), vinha com um modem incorporado que atingia a velocidade de 300 baud, ínfima se comparada as atuais que podem ultrapassar os 100 Mbps, mas suficiente para trocar mensagens e acessar serviços. Naquela época já existiam salas de bate papo, espaços onde as pessoas se comunicavam e manifestavam livremente seus pensamentos e idéias sobre o mundo.

Para se ter uma idéia da diferença de velocidade, um modem fabricado na década de 1980 pela Elebra, operava em 1200/75 bits por segundo. Um byte = 8 bits. Um kilobyte = 8.192 bits. Um megabyte = 8.388.608 bits. Um gigabyte = 8.589.934.592 bits! A diferença é brutal, hoje podemos navegar na internet pelo smartphone numa velocidade de 8.388.608 bits por segundo.

Além das redes públicas de informação acima citadas, existiam as BBS (Bulletin Board System). Este sistema, acessado por um computador com modem conectado a uma linha telefônica, tal qual fazíamos no princípio ao se conectar a internet, ou seja, por uma ligação telefônica discada, analógica, possibilitava desde a troca de arquivos até o envio de mensagens privadas, como fazemos hoje ao enviar um e-mail, com a diferença de que o envio não era instantâneo. Com o advento da internet e do protocolo HTTP (FTP, entre outros), que possibilitou uma navegação com texto, imagem e som, além de outros inúmeros fatores da conjuntura tecnológica e econômica da década de 1990, as BBS perderam o sentido, tornaram-se obsoletas.

Hoje, pleno século XXI, vivemos numa sociedade digital em que a tecnologia dos computadores está democratizada, presente nos milhares de lares brasileiros em razão do baixo custo das máquinas e da popularização da internet. Todos podem expressar o seu pensamento e compartilhar informações em escala global, sem fronteiras.

O texto acima é parte de um material por mim produzido para trabalho conjunto sobre liberdade de opinião e de expressão na rede mundial de computadores, cuja publicação e créditos são da Comissão de Ciência e Tecnologia da Ordem dos Advogados de São Paulo.

Saudações,

Rodrigo Marcos Antonio Rodrigues

Previsão de Bill Gates se torna realidade no Brasil

Recentemente, li uma notícia publicada pela INFO Online de que A VISA (operadora de cartão de crédito) certificou smartphones para pagamento móvel.

 A tecnologia permite que você pague por uma compra ou serviço em determinado estabelecimento comercial, utilizando o celular (smartphone) ao invés do cartão de crédito de plástico. Basta aproximar o smartphone do terminal de pagamento da loja.

Isso me fez lembrar uma previsão que Bill Gates fez no livro “A Estrada do Futuro”, publicado no ano de 1995. Gates previu algo que chamou de “micro de bolso”. Na realidade, o “micro de bolso” que ele imaginou veio a se tornar o smartphone que conhecemos hoje em dia, irônicamente um iPhone da Apple!

Trecho transcrito da viagem de Gates ao descrever o “micro de bolso”  há quase vinte anos atrás: “Ele vai exibir mensagens e horários e também permitir que você leia ou envie correspondência eletrônica e fax, informe-se sobre a meteorologia e as ações da Bolsa, e jogue jogos mais simples aos mais sofisticados. Numa reunião, você poderá tomar notas, verificar compromissos, xeretar informações, caso esteja entendiado, ou escolher uma entre as milhares de fotos dos seus filhos. – Em vez de guardar dinheiro de papel, o novo micro de bolso vai guardar dinheiro digital, impossível de ser falsificado. Hoje, quando você dá para alguém uma nota de dinheiro, um cheque, um vale-presente ou qualquer outro instrumento negociável, a transferência de papel representa uma transferência de fundos. Mas o dinheiro não precisa ser expresso em papel. Operações de cartão de crédito e ordens de pagamento são operações de informação financeira digital. Amanhã, o micro de bolso vai permitir que qualquer um possa facilmente gastar e receber fundos digitais. O seu micro de bolso poderá ser conectado ao computador da loja, permitindo a transferência do dinheiro sem nenhuma troca física no caixa [...] À medida que o papel-moeda e os cartões de crédito forem desaparecendo, os criminosos vão ficar de olho no seu micro de bolso, de modo que deverá haver mecanismo de segurança para impedir que um micro de bolso possa ser usado da mesma forma que um cartão de crédito roubado”.

Incrível, não?

O Iphone ainda não está entre os aparelhos certificados para uso da nova tecnologia: Samsung Galaxy SII, LG Optimus NET NFC, BlackBerry Bold 9900, BlackBerry Bold 9790, BlackBerry Curve 9360 e BlackBerry Curve 9380.

Saudações,

Rodrigo Marcos Antonio Rodrigues

Laser II da Milmar

Conheça um dos micros que fizeram parte da evolução tecnológica dos computadores no Brasil: Apple Laser IIc

Chegou um novo integrante da minha coleção de micros antigos: Laser IIc. Fabricado no Brasil em plena reserva de mercado, trata-se de um clone do Apple IIc, que era a versão compacta do Apple IIe.

Laser IIc da Milmar

Laser IIc da Milmar de evoltecno

Laser IIc da Milmar

Laser IIc, o clone brasileiro do Apple IIc

Diferente do original, o Laser IIc não vinha com um drive de 5 1/4″ embutido, mas é totalmente compatível. Seu nicho era dos micros portáteis e transportáveis, apesar de não ter tela. Na realidade, a Apple comercializava separadamente um monitor de 9″ para ser usado com ele.

O Laser IIc era fabricado pela empresa Milmar, como ilustra o anúncio da época:

Anúncio do Laser IIc

 

Apesar disso, nada consta no gabinete sobre a empresa Milmar. O micro apresenta a etiqueta abaixo:

Imagem da etiqueta do Laser IIc

Imagem da etiqueta do Laser IIc

Assim como o TK 3000 IIe Compact, não é possível remover sua tampa para ter acesso aos 8 slots de expansão, pois são inexistentes. O micro oferece apenas uma porta de expansão em sua traseira e uma controladora de drives interna, por meio da qual é possível a ligação de 2 drives externos, conforme imagens abaixo:

Laser IIc

Porta traseira do Laser IIc de evoltecno

Laser IIc da Milmar

Lateral do Laser IIc da Milmar de evoltecno

Sua configuração é praticamente igual ao do Apple IIe.

O detalhe fica para a alça de transporte:

Laser II da Milmar

Alça de transporte do Laser II da Milmar de evoltecno

O Apple IIc foi lançado em 1984, mas o seu clone brasileiro ganhou vida somente em 1988.

As fotos acima foram feitas do meu micro, por sinal muito bem conservado.

A história da evolucão tecnológica dos computadores continua em próximo post!

Abraços,

Rodrigo Marcos Antonio Rodrigues

Apple Macintosh Classic II – Steve Jobs

 

O Macintosh Classic II fez parte da famosa linha de computadores lançado pela Apple no ano de 1984, que introduziu o sistema operacional gráfico e o mouse no mercado direcionado ao grande público, até então dominado pelo MS-DOS de Bill Gates. Foi uma das maiores contribuições de Steve Jobs para a evolução tecnológica dos computadores, em razão de ter enxergado o futuro da computação pessoal a partir de um computador da Xerox. O exemplar do vídeo foi lançado no ano de 1991 e faz parte da coleção do autor do Blog Evolução Tecnológic@_ – www.evolucaotecnologica.com.br

Cyberpunk por Billy Idol

Billy Idol

Quem não se lembra de Billy Idol? O fenômeno do punk rock dançante da década de 80, no qual o músico Supla se inspira.

Dance With My Self é um hino do rock.

Mas foi no início da década de 90 que o Sr. Billy lançou um álbum que considero um marco na evolução desse gênero musical. O álbum se chama: CYBERPUNK.  Uma fusão de punk com música eletrônica.

Dentro da ideologia punk, Billy prega a anarquia na faixa: SHOCK TO THE SYSTEM. Confira o vídeo abaixo.

 

 

 

 

 

 

SHOCK OF THE SYSTEM:

Out Of This World – fase 1 do game

Primeira fase deste clássico dos games da década de 1990.

Após o raio ter atingido seu laborátório, você é transportado para um mundo desconhecido e surge dentro de um rio. Suba imediatamente ou será alcançado pelos tentáculos de um ser alienígena que vive submerso.

A primeira sacada está no penhasco que se encontra no lado esquerdo da tela. Observe que existe um penhasco e um cipó. Mais para frente será sua única saída para escapar de uma fera.

Ao caminhar ou correr para o lado direito você irá se deparar com uma espécie de larva alienígena. Cuidado! Ela é venenosa. Salte-a ou utilize o chute para destruí-la. Procure destroir a maior quantidade possível de larvas, pois elas poderão atrapalhar sua fuga.

Continue andando ou correndo para o lado direito, mas com cautela, vocÊ irá se deparar com uma fera desconhecida. Não é possível enfrentá-la. Corra o máximo que puder para a esquerda e salte as larvas existentes. Chegou o momento de usar a inteligência. O penhasco é a única saída. Salte e se agarre ao cipó para escapar da fera e não morrer. O cipó se romperá e você cairá do outro lado da fera, ganhando uma pequena vantagem. Corra o máximo que puder para o lado direito, cuidado com as larvas.

Você será atingido por alienígenas, que também acertarão a fera. Você não morrerá, mas será aprisionado por eles. Esta será a próxima fase.

Abraços, Rodrigo

Out Of This World — trecho da apresentação do game

Out Of This World é um clássico dos games do início da década de 1990. Foram lançadas versões para PC, Macintosh, Super Nintendo …

O visual gráfico dele foi inovador para a época, mesclando animações durante as fases do jogo que impressionavam pela imersão do personagem e pelo envolvimento que agregavam.

O ponto principal de Out Of This World é o modo que se joga. Você precisa pensar para sair das situações, não se trata simplesmente de atirar em alvos, dar um soco no inimigo ou controlar um carro, também não apareciam pistas fornecidas por outros personagens, como nos famosos Adventures. O jogo é totalmente intuitivo. Falando em Adventures, alguém se lembra de Indiana Jones and the Fate of Atlantis?

Como outros jogos daquela época, no PC se jogava com o próprio teclado do computador, dispensando-se o joystick.

A história se baseia no personagem de um jovem cientista que trabalhava num projeto inovador de aceleração de partículas, quando então um raio atinge o seu laboratório e acaba por interferir de forma inesperada  no experimento, enviando-o para um mundo desconhecido.

Curta um trecho da apresentação desse clássico que entrou para a história da evolução tecnológica dos games.

Em breve, postarei novos vídeos das fases detonadas com os meus comentários!