O título deste post é difícil de ser decifrado, a não ser pelo meu irmão …
Minha saga com os videogames e computadores começou cedo, numa época em que a computação pessoal no Brasil estava surgindo.
É possível que praticamente todos os leitores deste post, independentemente da idade, já tenham ouvido falar do videogame Atari, mesmo que nunca tenham visto ou tido um. Creio, também, que a maioria conheça a gigante Nintendo, personificada pelo seu maior personagem: o simpático encanador Mario Bros.
Na realidade, a Nintendo iniciou verdadeiramente seu reinado no mundo dos games com a série “Game & Watch”, no ano de 1980. Eram games com tela de cristal líquido, que inovaram pelo fato de serem pequenos, independentes de uma televisão para exibir a imagem. Funcionavam com pequenas baterias e as crianças os levavam para qualquer lugar, como hoje levam seu Nintendo DS.
Mas, antes do lançamento do “Game & Watch”, já existiam outros jogos eletrônicos no estilo “handheld” (portátil; de mão). E uma das séries lançadas no ano de 1979, que considero mais memorável, foi da BAMBINO.
Esses jogos eletrônicos da Bambino, que antecederam os famosos “Game & Watch”, utilizavam uma outra forma de exibição da imagem: pontos de luz na tela (LED). Funcionavam com baterias de 9V ou pilhas tamanho médio, e não eram tão pequenos quanto os seus sucessores viriam a ser.
Os games da Bambino tinham design futurista para a época e é exatamente isso uma das características que hoje eu mais admiro neles.
Eu e meus irmãos tivemos vários “handhelds” da Bambino (e também da Mattel), que jogávamos em casa ou quando íamos viajar. Eu costuma levar meu Bambino preferido no dia do brinquedo na escola, o que não era uma coisa muito comum para a época (rs).
Algumas décadas passaram e uma partilha natural foi feita: parte dos bambinos ficaram com o meu irmão e a outra parte comigo. Ocorre que o meu irmão ficou com dois dos mais cobiçados por mim: “Boxing” e “Space Laser Fight”.
E, como todos os leitores deste Blog já devem saber, eu coleciono microcomputadores e videogames antigos/clássicos. No local que escrevo este post, a minha esquerda tenho um Apple II+ da Milmar e um Amiga 600. Se olho para direita, vejo um Macintosh Plus e um TK 3000 IIe, se olho para baixo, vejo um MegaDrive na caixa, e se olho para frente vejo uma lista de microcomputadores, peças, softwares e videogames numa tela de iPad, pertinente ao meu acervo que acabei de atualizar. Sinto-me totalmente envolto na história da computação pessoal do Brasil.
E o bambino? Um bambino retornou ao lar, meu irmão me presentou com o Boxing, o qual passou a integrar minha coleção
Saudações,
Rodrigo – evoltecno