O Epson HX-20 foi um dos primeiros computadores portáteis a levar a sério o conceito de portabilidade e mobilidade, ao passo que o seu gabinete integrava até mesmo uma pequena impressora de 24 colunas e um gravador de mini fita cassete, além da mini tela de cristal líquido.
A velocidade do seu processador era inferior a 1 Mhz, especificamente 0.614 MHz, 2.000 vezes mais lento do que um notebook popular dos dias atuais, mas dentro dos padrões da época.
Fabricado no Japão há cerca de 30 (trinta) anos atrás, vinha acompanhado de uma maleta executiva e o seu público alvo eram executivos, empresários e profissionais liberais.
Tenho dois exemplares desse portátil e um deles acompanha o manual. O interessante dessas máquinas é entender o que elas representavam na época em que foram lançadas (1982). O HX-20 foi anunciado como o primeiro de uma nova geração de computadores pessoais. Veja alguns trechos interessantes que retirei do manual e traduzi:
Congratulations! You have just purchased the first of a new generation of personal computers.
Parabéns! Você acaba de adquirir o primeiro de uma nova geração de computadores pessoais.
Unlike most other personal computers, the HX-20 can store up to seventeen programs in its memory (Five of these may be BASIC programs).
Diferentemente da maioria dos outros computadores pessoais, o HX-20 pode armazenar até dezessete programas em sua memória (Cinco destes programas pode ser BASIC).
Furthermore, the HX-20 has a memory like an elephant. Unlike most personal computers, wich forget any program in memory as soon as they are “powered down,” the HX-20 remembers all programs in its memory even when you turn it off.
Além disso, o HX-20 tem uma memória de elefante. Diferentemente da maioria dos computadores pessoais, que esquece de qualquer programa na memória assim que eles são “desligados”, o HX-20 lembra de todo os programas em sua memória mesmo quando você desligá-lo.
The HX-20 is not a toy.
O HX-20 não é um brinquendo.
Pode até parecer engraçado hoje em dia, mas os computadores daquela época não tinham disco rígido ou memória flash. Digitava-se o programa que era executado na memória auxiliar (RAM) do computador e uma vez que a máquina era desligada se perdia tudo! A proposta do HX-20 era trazer alguns programas na memória de leitura (ROM) do computador.
O HX-20 tinha uma boa gama de acessórios externos: gravador de fita cassete (além do micro cassete que acompanhava), controladora de vídeo para ligá-lo a uma TV ou monitor de vídeo externo, impressora, uma ou mais unidades de floppy-disk, modem e leitor de código de barra! Com relação aos dois últimos acessórios, sim, naquela época já era possível se conectar por telefone a uma rede externa, como CompuServe e The Source, e já existia leitor de código de barra para micros pessoais!
A memória de leitura (ROM) dele, assim como a auxiliar (RAM), podiam ser expandidas até 64 Kb e 32 Kb, respectivamente.
As fotos presentes neste post foram feitas dos dois exemplares que fazem parte da minha coleção.
Saudações binárias,
Rodrigo Marcos A. Rodrigues