Tandy 102: um portátil com história

Tandy 102

Tandy 102 – integra a coleção do autor do Blog

O Tandy 102 foi fabricado no Japão pela Kyocera na década de 1980, e pertencia a linha de computadores TRS-80, muito copiada no Brasil por empresas nacionais como a Prológica, fabricante da famosa linha “CP” de microcomputadores (CP 200, 300, 400, 500 etc). Trata-se de um computador portátil bem avançado para aquela época, que apresenta um visor LCD monocromático com tamanho reduzido e modem embutido (300 baud), este com velocidade de transmissão de informações ínfima se comparada às atuais que podem chegar a atingir 100 Mbps, e insuficiente para navegar pela atual rede mundial de computadores. Todos os programas da ROM foram escritos pela Microsoft, alguns deles pelo próprio Bill Gates! Esses programas incluíam uma versão da linguagem BASIC, editor de texto e um programa de telecomunicações. O Tandy 102 opera a 3 MHz de velocidade e tem 24 Kb de RAM (expansível até 32 Kb), sendo que a ROM ocupa parte dessa memória, podendo ser ligado a uma unidade externa de disco de 5 ¼” ou  3.5”. Os computadores portáteis atuais operam em velocidades bem superiores e possuem múltiplos núcleos de processamento, além de contarem com a possibilidade de expansão da RAM que pode ultrapassar a barreira dos 24.000.000 Kb! Funciona com 4 pilhas alcalinas pequenas AA ou ligado à energia elétrica por meio de uma fonte DC. Além do curioso fato de alguns programas terem sido escritos pelo próprio Bill Gates (antes de se tornar exclusivamente empresário), o CPU do Tandy 102 (Intel 80c85) foi utilizado na primeira missão espacial ao planeta Marte que incluiu um veículo robótico de exploração (Mars Pathfinder).

 

Mars Pathfinder

Mars Pathfinder

Drive de disquete para MSX

Drive de disquete para MSX – interface MAX 400 e DMX

Com esse equipamento das fotos, consigo rodar programas em disquete de 5 1/4″ nos meus Hotbits da Sharp e Expert da Gradiente.

 

MAX 400 MSX

 

Encaixo a interface MAX 400 MSX na entrada de cartuchos do micro, o cabo flat dela nos drives e os cabos de força do módulo DMX nestes.

O micro inicia pronto para receber os comandos de operação da interface de drive.

 

Drive de disquete para MSX

Parte I da coleção de computadores antigos de evoltecno – www.evolucaotecnologica.com.br

Parte da coleção de microcomputadores antigos do autor do Blog Evolução Tecnológica – www.evolucaotecnologica.com.br: Apple IIe, TK 3000 IIe Compact, Continue reading

Cartuchos CP 400 Kb

Garimpei algumas raridades

Visitando uma antiga loja em SP, reduto de colecionadores, encontrei algumas raridades que passaram a integrar minha coleção de microcomputadores antigos. O mais incrível é que todos os itens têm quase 30 anos de idade e estão lacrados!

Itens coleção

Da esquerda para direita: cartucho “Editor” do CP 400, placa CPM da Dismac (compatível com Apple II) e cartucho “Tênis” do CP400. Logo abaixo, caixa de disquete de 5 1/4″ da Fujifilm.

O CP 400 é um microcomputador de 8 bits que foi fabricado pela empresa Prológica na década de 1980, em plena reserva de mercado no Brasil. Ele funciona com cartuchos, como o MSX e o Atari 400/800, mas também pode rodar programas em fita cassete ou disquete de 5 1/4″, desde que conectado a um gravador de fita cassete ou unidade de disco removível compatível (drive), respectivamente, periféricos vendidos à parte naquela época. O cartucho da esquerda é um aplicativo chamado “Editor” e o da direita um game de tênis.

Cartuchos CP 400

O cartucho “Tênis” tem apenas 4 Kb, mais ou menos a capacidade de um cartucho do videogame Atari 2600, e o cartucho “Editor” tem 8 Kb. É claro que não dava para fazer muita coisa com essa quantidade de memória, os gráficos eram bem simples e os programas limitados, mas era o que existia na época e fazia a alegria de muita gente.

Cartuchos CP 400 Kb

A Prológica fabricava outros micros dessa linha CP (Computador Pessoal), o mais simples era o CP 200 e o mais sofisticado o CP 500.

Cartucho da Prológica

A DISMAC, empresa brasileira conhecida por fabricar calculadoras, fabricava um Apple II compatível na década de 1980 e a placa CPM da foto servia para permitir a execução do sistema operacional CP/M, necessário para rodar o programa WordStar (processador de  texto que precedeu o Word), por exemplo.

Alguns disquetes de 5 1/4″ costumavam ser comercializados em um estojo de acrílico, é o caso dessa caixa de disquetes da Fujifilm. Os disquetes da foto são de alta densidade (HD – High Density) e por esse motivo não funcionam em drives do Apple II e de outros micros de 8 bits. Esses disquetes eram utilizados com os PC IBM e compatíveis, em modelos como o XT, AT 286/386/486 … no Brasil já estávamos na década de 1990, em que os micros como o Apple II já haviam perdido espaço para os novos PCs …

Caixa disquete 5 1/4 Fujifilm

Exato pro CCE - foto da parte de cima do gabinete

Conheça um dos micros que fizeram parte da evolução tecnológica no Brasil: Exato pro CCE

EXATO pro CCE - foto do gabinte com monitorO Exato pro foi um microcomputador brasileiro fabricado na década de 1980 pela CCE, compatível com o Apple II.

O exemplar das fotos faz parte da minha coleção e foi doado pelo colega advogado William, que também doou um Amiga 2000 para o meu acervo. Valeu brother!

Cheguei a operar esse micro na década de 1980, pois o meu pai tinha um exemplar completo em seu escritório, com drives de disquete, placas de expansão, impressora matricial etc. Com a chegada dos PCs IBM e compatíveis, tanto os micros que estavam no escritório como os que estavam em casa, todos da linha Apple II, foram doados ou descartados como lixo eletrônico, pois naquela época eu nem ao menos cogitava ficar guardando velharia :)

Saiba mais sobre o Exato pro da CCE.

 

Exato pro CCE - foto da parte de cima do gabinete

Exato pro CCE - foto da parte de cima do gabinete

Fonte: Clube Old Bits - http://www.cobit.xpg.com.br/

Fonte da imagem acima: Clube Old Bits – http://www.cobit.xpg.com.br/

Laser II da Milmar

Conheça um dos micros que fizeram parte da evolução tecnológica dos computadores no Brasil: Apple Laser IIc

Chegou um novo integrante da minha coleção de micros antigos: Laser IIc. Fabricado no Brasil em plena reserva de mercado, trata-se de um clone do Apple IIc, que era a versão compacta do Apple IIe.

Laser IIc da Milmar

Laser IIc da Milmar de evoltecno

Laser IIc da Milmar

Laser IIc, o clone brasileiro do Apple IIc

Diferente do original, o Laser IIc não vinha com um drive de 5 1/4″ embutido, mas é totalmente compatível. Seu nicho era dos micros portáteis e transportáveis, apesar de não ter tela. Na realidade, a Apple comercializava separadamente um monitor de 9″ para ser usado com ele.

O Laser IIc era fabricado pela empresa Milmar, como ilustra o anúncio da época:

Anúncio do Laser IIc

 

Apesar disso, nada consta no gabinete sobre a empresa Milmar. O micro apresenta a etiqueta abaixo:

Imagem da etiqueta do Laser IIc

Imagem da etiqueta do Laser IIc

Assim como o TK 3000 IIe Compact, não é possível remover sua tampa para ter acesso aos 8 slots de expansão, pois são inexistentes. O micro oferece apenas uma porta de expansão em sua traseira e uma controladora de drives interna, por meio da qual é possível a ligação de 2 drives externos, conforme imagens abaixo:

Laser IIc

Porta traseira do Laser IIc de evoltecno

Laser IIc da Milmar

Lateral do Laser IIc da Milmar de evoltecno

Sua configuração é praticamente igual ao do Apple IIe.

O detalhe fica para a alça de transporte:

Laser II da Milmar

Alça de transporte do Laser II da Milmar de evoltecno

O Apple IIc foi lançado em 1984, mas o seu clone brasileiro ganhou vida somente em 1988.

As fotos acima foram feitas do meu micro, por sinal muito bem conservado.

A história da evolucão tecnológica dos computadores continua em próximo post!

Abraços,

Rodrigo Marcos Antonio Rodrigues

Algumas placas de expansão do Apple II

Quando Wozniak decidiu que o Apple teria 8 slots de expansão, Steve Jobs discordou, achava desnecessário, e após uma prolongada discussão, Woz fez valer a sua vontade.

Woz tinha razão, os slots conferiram um grande poder ao Apple II. A própria Apple Computer Inc. e várias outras empresas passaram a fabricar placas de expansão e periféricos para esse micro.

Algumas delas são integrantes de minha coleção de micros antigos. Confira abaixo:

Placa de 80 colunas

Originariamente, o Apple II gerava 40 caracteres por linha. A placa da imagem dobra essa capacidade, permitindo 80 caracteres por linha.

Interface de impressora para Apple II

A placa da imagem permite a conexão de uma impressora ao Apple II

Placa de expansão de memória para o Apple II

Originariamente, o Apple II tinha uma memória nativa de até 48Kb (RAM). A placa da imagem agregava incríveis 128 Kb à memória nativa, permitindo rodar softwares mais complexos.

Tenho outras três placas do Apple II guardadas: duas controladoras de drive e uma super serial card. Não me recordo de ter outras …

A controladora de drive, como o próprio nome sugere, permite a ligação de drives externos de disquete (até dois), e a super serial card é uma placa de comunicação, através da qual posso conectar o meu Apple II a um computador moderno.

Até a Microsoft chegou a produzir placa de expansão para o Apple II …

Abraços, Rodrigo Marcos Antonio Rodrigues

Apple Macintosh Classic II – Steve Jobs

 

O Macintosh Classic II fez parte da famosa linha de computadores lançado pela Apple no ano de 1984, que introduziu o sistema operacional gráfico e o mouse no mercado direcionado ao grande público, até então dominado pelo MS-DOS de Bill Gates. Foi uma das maiores contribuições de Steve Jobs para a evolução tecnológica dos computadores, em razão de ter enxergado o futuro da computação pessoal a partir de um computador da Xerox. O exemplar do vídeo foi lançado no ano de 1991 e faz parte da coleção do autor do Blog Evolução Tecnológic@_ – www.evolucaotecnologica.com.br

chessmaster

Chessmaster 2000 vs. Evoltecno – em breve no octógono do Apple II

Now! … Play World Class Chess!

The Chessmaster 2000 … the most powerful computer chess programa in the world today – and the friendliest! (1986)

The Finest Chess Program in the World

Jogar xadrez é fascinante, faz tempo que não jogo, mas ainda tenho esperanças de voltar a jogar contra o meu principal oponente na década de 80: “Chessmaster 2000″.

Trata-se de um jogo de xadrez para computador, naquela época uma novidade pelo fato de enfrentarmos um oponente virtual, dotado de Inteligência Artificial (IA).

O Chessmaster 2000 foi lançado em 1986 e ultrapassou 100.000 cópias vendidas no mundo. Apple II, Commodore 64 e Atari XL foram alguns dos micros que tiveram suas versões, posteriormente os próprios PC IBM XT/AT e compatíveis. Ainda hoje, o Chessmaster permanece em edições mais avançadas para computadores e videogames.

Uma das coisas bacanas desse jogo é o modo “professor”, em que o Chessmaster mostra todas as possibilidades de movimento da peça no tabuleiro. Outra é o modo “dica”, em que o Chessmaster sugere uma jogada.

Pretendo encarar meu adversário novamente, no estilo clássico, nada de emuladores …

Ligarei o meu Apple II, fabricado na década de 80, sim, o mesmo micro que Wozniak e Jobs projetaram em uma garagem no ano de 1977, porém com algumas melhorias.

Mas antes, precisarei abrir o envelope do jogo que contém o(s) disquete(s) de 5 1/4″, lacrado há mais de 20 (vinte) anos. Isso que vai ser legal … veja a imagem abaixo …

 

chessmaster

Chessmaster 2000 lacrado – frente do envelope

 

chessmaster

chessmaster

:D

Filmarei o início desse embate sem data para acontecer. Prometo enviar o vídeo para o canal do Blog no Youtube …

Abraços, Rodrigo Marcos Antonio Rodrigues