Dia quente

A imposição do PJe como sistema único de prática de atos processuais no meio eletrônico

Recentemente, o Conselho Superior da Justiça do Trabalho editou a Resolução nº 136/2014, republicada no Diário da Justiça Eletrônica do Trabalho em 14/05/2014, em razão de erro material.

A citada resolução, que revogou a Resolução nº 94/2012 do CSJT, foi editada para adaptação da norma à Resolução 185/2013 do Conselho Nacional de Justiça, já publicada neste Blog.

A Resolução 185/2013 institui o Processo Judicial eletrônico (PJe) como sistema único de processamento de informações e prática de atos processuais no meio eletrônico, ou seja, pretende o CNJ instituir o PJe como único sistema a ser utilizado por todos os tribunais do país.

Dia quenteA padronização do sistema e a exclusividade na utilização do meio eletrônico não seria um mal se realmente houvesse uma infraestrutura tecnológica adequada no judiciário, mas não há. Certa vez, num dia muito quente, indaguei um técnico judiciário (que estava de chinelo ou “chinela” se preferir) sobre o motivo de o Cartório dele não dispor de ar condicionado para refrigeração do ambiente. Na minha concepção, tratava-se de um problema de caixa do tribunal. Eu estava enganado. O rapaz me disse que se o problema fosse somente esse (não me confirmou se também era), ele e seus colegas fariam uma “vaquinha” para comprar os aparelhos. O entrave era outro, muito mais sério: a infraestrutura elétrica do prédio era muito antiga e não suportaria a energia gerada pelos aparelhos! Neste mesmo Cartório, já funciona o processo eletrônico, quando tem sistema, é claro. Fico até com medo de perguntar se as estações de trabalho dispõe de nobreak no caso de queda de energia , porque gerador no prédio não há …

Outro problema é que a justiça paulista já passou por um duro período de adaptação ao e-SAJ do TJ/SP, estando grande parcela da advocacia adaptada ao sistema atual. E, pelo fato do CNJ ter imposto um prazo exíguo para a implantação do PJe no lugar do e-SAJ, a OAB/SP e a AASP impetraram mandado de segurança coletivo, com pedido de liminar, para suspender os efeitos da Resolução 185/2013.

O mesmo se diga do e-STJ, extremamente simples, no entanto eficaz.

O PJe já demonstrou ser um sistema instável, cuja base é o software livre. O problema da eleição do PJe como sistema único é o fim da concorrência, que pode desestimular a busca pela excelência do serviço prestado, já que as inovações tecnológicas dependem de vontade em inovar e investimento. Pode parecer algo utópico em tempos de transição, mas é real.

Não faz muito tempo, o sistema do PJe-JT não possibilitava o envio de petições no formato de arquivo PDF. O usuário era obrigado a digitar a petição no próprio editor do sistema. Eu achava um absurdo essa restrição.

Quantos advogados não foram penalizados com um sistema híbrido de intimações eletrônicas, que não privilegiava o Diário da Justiça Eletrônico?

Novos parâmetros surgem para a aferir a tempestividade do ato processual e eu me pergunto: não seria melhor agregar de uma vez por todas o carimbo do tempo à certificação digital? Deixar que uma empresa independente audite esse serviço?

Sinceramente, não há mais como ver com bons olhos a padronização inicialmente tão desejada.

Sds,

Rodrigo Marcos Antonio Rodrigues

Assinatura digital no TJ/SP

O ato de assinar digitalmente no TJ/SP

Na minha opinião, havia uma falha no sistema de peticionamento eletrônico do Tribunal de Justiça de São Paulo que foi corrigida.

Anteriormente à correção citada, o sistema não diferenciava o ato de se autenticar (identificar) no sítio do tribunal da internet, do ato de assinar digitalmente as peças.

Em síntese, uma vez autenticado no sistema, era possível anexar as peças eletrônicas, assiná-las e enviá-las ao tribunal, agora não mais.

Essa mudança é de suma importância sob o aspecto jurídico, pois a assinatura digital substitui a física e não se confunde com atos de autenticação.

O ato de assinar digitalmente deve estar, necessariamente, atrelado à digitação do PIN, pois é esta senha que assegurará a demonstração de vontade de seu portador em praticar esse específico ato.

Saudações,

Rodrigo Marcos Antonio Rodrigues

 

TK 3000 //e

TK 3000 //e da Microdigital

Tk 3000 //e da Microdigital

Tk 3000 //e da Microdigital

 

TK 3000 //e

TK 3000 //e

Peguei esse “TK 3000 //e” há alguns meses atrás, acompanhado de 4 (quatro) placas, uma sDisk II, um drive slim da CCE e um monitor de fósforo âmbar. Trata-se de um microcomputador, lançado no ano de 1985, que era fabricado pela empresa brasileira Microdigital, que também fabricava o TK 85, TK 2000, entre outros.

É compatível com a linha Apple II norte-americana, modelo “e” (enhanced), e tem 64 Kb de RAM. Existe uma versão compacta dele, com mais memória nativa: TK 3000 //e Compact. Tenho este modelo na configuração de 320 Kb. Aliás, foi sobre ele que escrevi um dos primeiros posts deste Blog.

Ao lado do Unitron Ap II, foi o meu micro preferido na década de 1980.

Ele tem um teclado inteligente que permite redefinir suas funções, com acentuação gráfica da língua portuguesa (MODE), o que ajudava muito na digitação do texto em programas como o Wordstar.

O meu da foto está com expansão de memória (128 Kb) e placa CP/M.

Placa de expansão 128 Kb

Placa de expansão 128 Kb

 

Placa CP/M

Placa CP/M

 

tk3000_cpm_pub

 

Monitor SyncMaster 510n da Samsung

Monitor SyncMaster 510n da Samsung

A mensagem que está sendo exibida na tela do monitor SyncMaster 510n da Samsung é do programa de inicialização (HELLO) do meu disquete de testes.

Esse monitor da SAMSUNG tem frequência de 15Hz e está ligado num conversor VGA, motivo pelo qual consigo utilizá-lo com o meu micro antigo.

Saudações,

Rodrigo – evoltecno

Cartilha sobre Certificação e Assinatura digital

A Comissão de Ciência e Tecnologia da Ordem dos Advogados de São Paulo, presidida pelo Dr. Vitor Hugo das Dores Freitas, produziu uma excelente e-cartilha sobre Certificação e Assinatura Digital, direcionada aos operadores do direito.

Clique aqui para acessar o material.

Saudações,

Rodrigo – evoltecno

 

Visão da frente: MICROengenho2 da Spectrum

MICROengenho2 da Spectrum – o Apple II+/e brasileiro com cara de PC IBM XT

MICROengenho2 - visão frontal

 

Considero esse microcomputador um simbolo brasileiro da migração dos micros de 8 bits, como o Apple II e seus compatíveis, para a linha dos micros de 16 bits, em especial os PCs IBM AT e seus compatíveis.

Foi um micro que muito me intrigou no final da década de 1980, pois o via em revistas e catálogos numa época em que os PCs IBM XT/AT já estavam no mercado. É que a aparência dele, dotado de um gabinete horizontal com drives de 5 1/4″, e teclado separado do gabinete, como um periférico, o tornava por demais semelhante ao PC IBM XT, mas, na realidade, seu coração era de um Apple II+/e.

 

Visão da frente: MICROengenho2 da Spectrum

 

Sim, um Apple “II+/e”. O  MICROengenho2 possui uma chave seletora na parte traseira do gabinete, que permite selecionar o modo que opera sua compatibilidade com a linha Apple II: II+ (plus) ou IIe.

 

Visão traseira: MICROengenho2 da Spectrum

 

Há muito vinha tentando adquirir um exemplar dessa máquina, que é extremamente rara, e finalmente consegui uma em excelentes condições.

Esse microcomputador era fabricado pela empresa Spectrum, do mesmo grupo da Scopus, na vigência da reserva de mercado no Brasil. Uma curiosidade da Scopus foi ter desenvolvido um Sistema Operacional (SO) chamado “Sisne”, que, segundo informações dessa empresa, era compatível com o MS-DOS. Isso antes que este sistema da Microsoft fosse licenciado no Brasil, após uma longa queda de braço com os E.U.A. Na época, a Microsoft acusou a Scopus de ter pirateado rotinas do MS-DOS.

O Brasil foi arrumar briga justamente com a Microsoft, desencadeada pelo impedimento do licenciamento do MS-DOS no país, e com a Apple, por ter clonado o Macintosh. Dois cachorros que já eram grandes, em tempos idos da disputa pelo domínio tecnológico no Brasil,  e que acabaram por abocanhar nosso mercado. Mas isso é uma outra história …

 

Visão da frente: MICROengenho2 da SpectrumVisão da frente: MICROengenho2 da SpectrumMICROengenho2 - serial monitor

 

Saudações,

Rodrigo – evoltecno

 

PJe-JT

Mauá receberá novo fórum trabalhista com o sistema do PJe-JT

A comarca de Mauá, no grande ABC Paulista, receberá novo fórum trabalhista que funcionará com o sistema do Processo Judicial Eletrônico da Justiça do Trabalho (PJe-JT).

Recentemente, a comarca de Cubatão inaugurou novas instalações do seu Fórum Trabalhista, já integradas ao PJe-JT, nos termos da PORTARIA GP/CR Nº 12/2014

No PJe-JT é necessário o uso da certificação digital.

A comarca de Santos permanece com o sistema de peticionamento eletrônico na 1a. instância (PRECAD e SISDOC), em que ainda é possível peticionar com assinatura eletrônica por meio de LOGIN e SENHA, assim como peticionar em papel.

Sds,

Rodrigo – evoltecno

Matéria com Ayrton Senna mostra irmão manuseando um micro Sinclair ZX81

Nessa matéria sobre o Ayrton Senna, feita pela Rede Globo no ano de 1983, é possível ver o irmão do piloto manuseando um microcomputador britânico Sinclair ZX81, que fez muito sucesso na Europa do início daquela década.

Governo Federal disponibiliza aplicativos gratuitos para dispositivos móveis

O Governo Federal está com uma base de aplicativos gratuitos para dispositivos móveis muito interessante, segmentada por categoria, órgão e plataforma, que pode ser acessada pelo portal: www.aplicativos.gov.br

 

Tela do CheckPlaca

Tela do CheckPlaca

O órgão do Ministério da Justiça, por exemplo, disponibiliza o aplicativo Sinesp Cidadão para iOs (iPhone e iPad) e Android (Samsung Galaxy e outros), por meio do qual é possível, através do módulo “CheckPlaca”, consultar a situação de um veículo automotor na base nacional de dados do DENATRAN.

Ao fornecer a placa do veículo, o aplicativo informa se o automóvel possui algum problema, como registros de roubo. Se a situação do automóvel for regular, aparece a mensagem: “SITUAÇÃO LEGAL”. 

Além disso, o aplicativo exibe informações sobre a marca e modelo do carro, motorização, tipo de tração e câmbio, ano de fabricação e do modelo, cor, cidade que foi licenciado e os  5 (cinco) últimos números do chassi. Todas essas informações são importantes para que se possa identificar eventual clonagem da placa consultada.

Saudações,

Rodrigo – evoltecno

War Games

Jogos de Guerra (War Games): o filme

wargames_deptodefesaJogos de Guerra (War Games) é um filme lançado no ano de 1983, que conta a história de um adolescente norte- americano, em plena guerra fria, que acessa acidentalmente do seu quarto, por meio de um microcomputador (IMSAI 8080) e uma linha discada analógica, o novo supercomputador (WOPR) da inteligência militar norte-americana, que acabara de substituir dois humanos na tão temida decisão de disparar o arsenal atômico no caso de um iminente ataque nuclear por parte da extinta União Soviética.

 

War Games - o protagonista do filme com seu computador IMSAI

Protagonizado pelo ator Matthew Broderick, o mesmo que fez o papel de Ferris Bueller´s no lendário filme “Curtindo a vida adoidado”, o filme se tornou um marco no que se refere às primeiras aparições da figura de um hacker no cinema, entrando para o rol de filmes que contam a história da evolução tecnológica da computação pessoal.

 

Jogos de Guerra é um clássico dos anos 80 e como tal está carimbado com toda a atmosfera que reinava na época, sendo difícil de ser compreendido por quem não a vivenciou.

 

War Games - imagem do WOPR extraída do filme

 

 

War Games - inserindo o disquete de 8" na unidade de disco IMSAIDetalhe interessante é que o computador do personagem é um IMSAI, que utiliza o processador Intel 8080, o mesmo do revolucionário MITS Altair 8800, percursor da computação pessoal. Na realidade, o IMSAI é um clone do Altair melhorado, que permaneceu mais tempo no mercado. O micro do garoto está equipado com uma unidade de disquete removível de 8″, a mesma descrita neste post, aliás o primeiro post deste Blog.

 

 

Vale a pena rever esse clássico VHS, na versão lançada em DVD. Eu revi e não me arrependi.

 

Foto DVD War Games

Saudações, Rodrigo – Evoltecno