Colecionador reproduz caixas de microcomputadores antigos à semelhança das originais

Caixas novas para micros antigos

Para os colecionadores e amantes dos microcomputadores de 8 bits é importantíssimo o estado físico não somente do micro, mas também da caixa, do manual e de todos os acessórios originais que acompanhavam o computador na época em que foi comercializado.

O problema é que a caixa ocupa espaço, então é comum que seja jogada fora em algum momento da vida. Enquanto não era enxergada como um item colecionável e com características históricas, as ilustrações presentes naquele papelão pouco importavam, a função da caixa era meramente protetiva.

Eu mesmo tenho poucas caixas dos micros antigos que coleciono, mas almejo tê-las, o difícil é encontrá-las. Quando se encontra uma, geralmente está em péssimo estado de conservação.

Pois bem, um colecionador chamado Claudio Moisés, que pode ser encontrado na lista do Clube do TK 90X, iniciou um trabalho de reprodução dessas caixas de micros antigos, a partir de exemplares originais, resultando num trabalho muito bacana que está fazendo a alegria dos amantes dos micros de 8 bits, em especial dos colecionadores do TK 90X da Microdigital.

Já encomendei uma caixa para o meu CP 200 da Prológica …

Confira as fotos das caixas que já foram reproduzidas com sucesso:

TK90X Preta https://picasaweb.google.com/113041461273548964908/CaixaDePapelaoTK90XPreta?authkey=Gv1sRgCIqfu4_cl8bj4QE&feat=email#

TK90X Preta 1 Versao (envelope) https://picasaweb.google.com/113041461273548964908/CaixaDePapelaoTK90XPreta1Versao?authkey=Gv1sRgCKeYt-eJ3_jrWA#

TK90X Azul (light pen) https://picasaweb.google.com/113041461273548964908/CaixaDePapelaoTK90XAzul?authkey=Gv1sRgCKbV-I__kcfmQA&feat=email#

TK95 https://picasaweb.google.com/113041461273548964908/CaixaDePapelao?authkey=Gv1sRgCI2Az7jhpdHBSA&feat=email#

TK95 Capa de Manual https://picasaweb.google.com/113041461273548964908/CapaManualTK90X?authkey=Gv1sRgCJ-s3ty5p4jVUw&feat=email#

TK85 https://picasaweb.google.com/113041461273548964908/CaixaDePapelaoTK85?authkey=Gv1sRgCLyF3e_BhKjUsAE&feat=email#

TK85 Tipo Vinho https://picasaweb.google.com/113041461273548964908/CaixaDePapelaoTK85Vinho?authkey=Gv1sRgCIXKy52-k-TlZw&feat=email#

TKbook
https://picasaweb.google.com/113041461273548964908/CaixaDePapelaoTKbook?authkey=Gv1sRgCLjP0fGp48TwSA&feat=email#

Caixa Isopor
https://picasaweb.google.com/113041461273548964908/CaixaDeIsopor?authkey=Gv1sRgCLjpzt-O9OmKRg&feat=email#

CP200 e CP300
https://picasaweb.google.com/113041461273548964908/CaixaDePapelaoCP200ECP300?authkey=Gv1sRgCIeVx9Dnkf-WqAE&feat=email#

TK2000
https://picasaweb.google.com/113041461273548964908/CaixaDePapelaoTK2000?authkey=Gv1sRgCJCDkeWo1Pu-Xg

TK3000
https://picasaweb.google.com/113041461273548964908/CaixaDePapelaoTK3000?authkey=Gv1sRgCJ-Losq62–y1QE&feat=email#

TELEJOGO I
https://picasaweb.google.com/113041461273548964908/CaixaDePapelaoTelejogoI?authkey=Gv1sRgCJTrg6PRp9DL5gE&feat=email#

UNITRON
https://picasaweb.google.com/113041461273548964908/CaixaDePapelaoUNITRON?authkey=Gv1sRgCNfmqKfgkKG1kwE

MSX WX
https://picasaweb.google.com/113041461273548964908/CaixaDePapalaoMSXWX?authkey=Gv1sRgCPu_oLOojeWcrwE

TK82 e TK82C
https://picasaweb.google.com/113041461273548964908/CaixaDePapelaoTK82?authkey=Gv1sRgCIrv777gn8vwlQE

Intellevision
https://picasaweb.google.com/113041461273548964908/CaixaDePapelaoIntellivision?authkey=Gv1sRgCKqj4PeB_cW3qgE&feat=email#

CP 200S
https://picasaweb.google.com/113041461273548964908/CaixaDePapelaoCP200S?authkey=Gv1sRgCLGct_3B5oS1qAE&feat=email#

Aproveite, o Claudio está aceitando encomendas ….

Saudações, Rodrigo Marcos A. Rodrigues

Apple Macintosh Classic II – Steve Jobs

 

O Macintosh Classic II fez parte da famosa linha de computadores lançado pela Apple no ano de 1984, que introduziu o sistema operacional gráfico e o mouse no mercado direcionado ao grande público, até então dominado pelo MS-DOS de Bill Gates. Foi uma das maiores contribuições de Steve Jobs para a evolução tecnológica dos computadores, em razão de ter enxergado o futuro da computação pessoal a partir de um computador da Xerox. O exemplar do vídeo foi lançado no ano de 1991 e faz parte da coleção do autor do Blog Evolução Tecnológic@_ – www.evolucaotecnologica.com.br

chessmaster

Chessmaster 2000 vs. Evoltecno – em breve no octógono do Apple II

Now! … Play World Class Chess!

The Chessmaster 2000 … the most powerful computer chess programa in the world today – and the friendliest! (1986)

The Finest Chess Program in the World

Jogar xadrez é fascinante, faz tempo que não jogo, mas ainda tenho esperanças de voltar a jogar contra o meu principal oponente na década de 80: “Chessmaster 2000″.

Trata-se de um jogo de xadrez para computador, naquela época uma novidade pelo fato de enfrentarmos um oponente virtual, dotado de Inteligência Artificial (IA).

O Chessmaster 2000 foi lançado em 1986 e ultrapassou 100.000 cópias vendidas no mundo. Apple II, Commodore 64 e Atari XL foram alguns dos micros que tiveram suas versões, posteriormente os próprios PC IBM XT/AT e compatíveis. Ainda hoje, o Chessmaster permanece em edições mais avançadas para computadores e videogames.

Uma das coisas bacanas desse jogo é o modo “professor”, em que o Chessmaster mostra todas as possibilidades de movimento da peça no tabuleiro. Outra é o modo “dica”, em que o Chessmaster sugere uma jogada.

Pretendo encarar meu adversário novamente, no estilo clássico, nada de emuladores …

Ligarei o meu Apple II, fabricado na década de 80, sim, o mesmo micro que Wozniak e Jobs projetaram em uma garagem no ano de 1977, porém com algumas melhorias.

Mas antes, precisarei abrir o envelope do jogo que contém o(s) disquete(s) de 5 1/4″, lacrado há mais de 20 (vinte) anos. Isso que vai ser legal … veja a imagem abaixo …

 

chessmaster

Chessmaster 2000 lacrado – frente do envelope

 

chessmaster

chessmaster

:D

Filmarei o início desse embate sem data para acontecer. Prometo enviar o vídeo para o canal do Blog no Youtube …

Abraços, Rodrigo Marcos Antonio Rodrigues

Túnel do tempo: relembre 30 computadores antigos

O Portal Terral publicou uma matéria sobre computadores antigos. Parece que eles colheram as informações do site Old-Computers.com, que está entre os nossos links indicados. De qualquer forma, vale a pena conferir essas 30 (trinta) máquinas que fizeram história, algumas mais que outras.

Microcomputador da década de 80 será relançado em 2012

ZX Spectrum

ZX Spectrum, um dos microcomputadores britânicos de 8 bits de maior sucesso na  década de 1980, em especial na Europa, será relançado em 2011 pela empresa britânica Elite Systems.

No Brasil, a empresa Microdigital fabricava um clone desse micro, era o TK 90X.

Até hoje existem fãs que trocam informações sobre o ZX Spectrum e o TK 90X, trabalhando para manter viva a história desse simpático computadorzinho. Um site brasileiro que tem bastante informação sobre ele é o Clube do TK90X.

 

No vídeo abaixo, um usuário faz a demonstração de seu projeto que transforma o ZX num laptop:

Abraços, Rodrigo

Marcus Vinicius Garret Chiado

>Evolução Tecnológic@_ entrevista Marcus Vinicius Garrett Chiado, autor do livro “1983: O ANO DOS VIDEOGAMES NO BRASIL”

Marcus Vinicius Garret Chiado

O Blog >Evolução Tecnológic@_ entrevistou Marcus Vinicius Garrett Chiado, também conhecido por Garrettimus, autor do livro “1983: O ANO DOS VIDEOGAMES NO BRASIL“.

 

Evoltecno: Garrettimus, como surgiram os videogames?

Garrettimus: O consenso geral é de que o primeiro jogo de vídeo, “Tennis for Two”, foi apresentado em 1958 e criado pelo físico William Higinbotham. Era um rudimentar jogo de tênis apresentado na tela de um osciloscópio e foi criado para entreter as pessoas que visitavam os laboratórios do Brookhaven National Laboratory no dia anual de visita da instituição. Porém, já se pensava no conceito de jogo de vídeo desde 1947 no pós-guerra.

 

Evoltecno: Hoje em dia um console de videogame lançado no Japão, E.U.A. etc, entra em nosso comércio quase que instantaneamente, mas e na década de 80, quanto tempo demorava para um lançamento chegar ao nosso país?

Garrettimus: O Atari e seus similares demoraram aproximadamente 7 anos para aportar no Brasil de maneira oficial, isto é, produzidos aqui e comercializados em grandes magazines. Claro que, por meio de contrabando, de viagens turísticas internacionais e de venda localizada na Zona Franca de Manaus, o Atari chegava ao país desde fins dos anos setenta.

De fato, em plena Reserva de Mercado, tudo demorava a chegar ao país. Lembra-se de que estréias do cinema, por exemplo, levavam de seis meses a um ano (!!!!) para chegar aos nossos cinemas?

 

Evoltecno: Qual foi o primeiro console de videogame fabricado no Brasil?

Garrettimus: O primeiro lançamento de peso foi o Odyssey da Philips, que aportou em fins de abril e começo de maio de 1983 após ser apresentado na UD, a Feira de Utilidades Domésticas que sempre acontecia aqui em São Paulo. Porém, na mesma época, outro console seria lançado de maneira localizada, em São Paulo, e em pequena quantidade: o Dactari. Cópia do Atari americano, o Dactari foi produzido pela Sayfi Computadores, do engenheiro Ivo Albertoni, e distribuído com exclusividade, por 90 dias, na rede de lojas Computerland. Interessante que a Sayfi Computadores receberia uma injeção de investimento, alguns meses depois, e viraria a Milmar Indústria e Comércio Ltda., sendo que a nova empresa lançaria o Dactar (agora sem o “i”), o Dactar II e o raro Dactar Maleta 007.

Apenas para citar, outros jogos eletrônicos domésticos estavam presentes no país em fins dos anos setenta, como os telejogos, os mini-games e os relógios com jogos. De toda forma, o videogame na acepção plena da palavra, ou seja, que previa a troca de jogos por meio de cartuchos, só chegou mesmo em 1983.

 

Evoltecno: Conte-nos um pouco sobre as características de três consoles de videogame que disputavam mercado naquela época: Atari, Intellevision e Odissey.

Garrettimus: O Atari era como um sinônimo de videogame. O grande trunfo era a quantidade de cartuchos disponíveis para compra e locação; cerca de 300 títulos em 1984. Devido à enorme quantidade de fabricantes de cartuchos não oficiais, os “clones”, havia jogos de Atari em quantidade e nos mais variados preços. O Atari contava, também, com grandes produtoras, como a Activision e a Imagic, que lançavam jogos para o console quase sem parar.

O Odyssey, antes do lançamento do Atari, teve boa vendagem graças à campanha de marketing praticada pela Philips, baseada no uso do teclado alfanumérico do console, um detalhe que apenas o Odyssey trazia de fábrica, e também em jogos mais educacionais. Embora com gráficos mais simplórios em relação aos concorrentes, ele vendeu bem também devido a uma sacada de marketing fantástica da Philips, o lançamento do cartucho “Didi na Mina Encantada”, afinal, o jogo original (“Pick Axe Pete”) tinha o enredo semelhante ao do filme “Os Trapalhões na Serra Pelada”. Foi um caso notório de se usar a cabeça no momento certo.

O Intellivision era o mais caro dos três e o melhor em termos tecnológicos. Aliás, em entrevistas da época, os executivos da Digimed (subsidiária da Sharp responsável pelo lançamento e comercialização do console) diziam realmente que o Intellivision procuraria explorar um filão de mercado diferente, de consumidores mais exigentes e descontentes com os consoles da concorrência. Ele continha um controle totalmente diferente dos demais, jogos com qualidade gráfica e sonora melhor, e com ênfase em cartuchos esportivos. Os problemas do Intellivision eram o preço e a falta de jogos em comparação à concorrência – havia apenas 11 títulos disponíveis quando do lançamento do mesmo.

 

Evoltecno: Grande parte dos microcomputadores de 8 bits comercializados no Brasil na década de 80, eram reproduções não licenciadas de micros estrangeiros. E quanto aos consoles de videogame comercializados no país?

Garrettimus: Exato. Aconteceu a mesma coisa com os consoles, especialmente com o Atari. A Polyvox teve de enfrentar a dura concorrência de fabricantes tanto de consoles quanto de cartuchos, que em 1984 explodiram em quantidade. Entre 83 e 84, o Atari 2600 oficial tinha de “brigar”, lado a lado, com Dactari (e depois as variantes do Dactar), VJ 9000 e as variações (da Dismac), Dynavision (Dynacom), Supergame (CCE) e Onyx Jr. (Microdigital). O Odyssey e o Intellivision não viram essa concorrência, pois eram somente produzidos pelos fabricantes licenciados. A Splice, que produzia o único clone nacional do Colecovision, o Splicevision, estava sozinha nesse filão do mercado, mas teve vendas irrisórias, na casa de menos de 5% da preferência dos consumidores, por ser muito caro e ter distribuição limitada.

A política de Reserva de Mercado, vigente desde 1977 e que virou lei, de fato, em 1984, impedia o envio de royalties relacionados ao software, para o exterior. Era, querendo-se ou não, uma “pirataria legalizada” o que houve àquela época. Pirataria esta, aliás, que ajudou a alavancar o sucesso do videogame, enquanto nova forma de entretenimento, no Brasil.

 

Evoltecno: Qual foi a importância dos microcomputadores de 8 bits para o mundo dos games?

Garrettimus: A importância foi gigante. Os micros, como o Commodore 64, o Atari 800 e o Apple II, trouxeram jogos mais elaborados e muitos deles com um final verdadeiro, diferente do que se via em consoles como o Atari 2600. Como os micros tinham maior memória e maior capacidade de armazenamento (em diskettes de 5.25”), os programadores podiam explorar melhor as possibilidades, criando jogos bem mais complexos e mais bonitos visualmente.

Os jogos dos consoles do mesmo período raramente apresentavam final, mas tinham somente aumento na dificuldade; aumento este representado pela presença de maior número de inimigos na tela e/ou maior velocidade geral.

 

Evoltecno: Existe alguma explicação para que jogos de xadrez e estratégia, como o Chessmaster, tenham feito mais sucesso em versões para microcomputadores?

Garrettimus: Sim. Além de graficamente melhores e mais atraentes, os jogos de xadrez, damas e correlatos, nos computadores, eram bem mais rápidos no que diz respeito à resposta do adversário quando o mesmo era justamente o computador. No Atari 2600, por exemplo, o oponente (o console) podia levar quase 20 minutos (!!!!) para fazer uma jogada no cartucho “3D Tic Tac Toe”. A graça da coisa ia toda embora… As versões dos computadores eram rápidas e muito mais convincentes.

 

Evoltecno: No final da década de 70, início da década de 80 no Brasil, lembro dos games de mão com formatos exóticos, tenho até hoje alguns guardados da  marca Bambino, depois surgiram os game & watch, mas nenhum deles se igualava aos consoles de videogame que chegavam. Em sua opinião, qual foi o primeiro portátil que se igualou ao console de videogame?

Garrettimus: Apesar do sucesso do Game Boy, creio que o Atari Lynx tenha sido o primeiro a trazer gráficos bem coloridos e som caprichado, embora tenha constituído uma falha comercial enorme.

 

Evoltecno: Qual é o maior clássico da história dos games? Tem ideia de quantas unidades foram vendidas no mundo?

Garrettimus: Difícil dizer. Há jogos que marcaram época e que definiram novos padrões para os jogos que vieram a seguir. Posso destacar os arcades Asteroids, Defender, Space Invaders, Pac-Man e Donkey Kong.

Apesar de se tratar de uma versão não fiel ao arcade e muito simplificada, o Pac-Man do Atari 2600 vendeu 7 milhões de unidades. Impressionante.

 

Evoltecno: Gostaria que você tecesse seus comentários sobre um clássico dos games da década de 80: Karateka.

Garrettimus: Karateka foi realmente uma inovação. A animação fluida, a forma com que uma história era contada, o inimigo com “personalidade” e um final bem definido compuseram um clássico instantâneo. Era como se o jogo fosse também um filme e o jogador fizesse parte realmente do enredo. Fantástico.

Há versões para praticamente todos os computadores da época: Apple II, Atari 800, IBM PC, Atari ST e outros.

 

Evoltecno: Em sua opinião, as crianças que jogam videogame tendem a ter um raciocínio lógico mais rápido?

Garrettimus: Essa prefiro não responder.

 

Evoltecno: Hoje muito se discute sobre alguns jogos serem potencialmente prejudiciais às crianças, principalmente em virtude da violência. Você acha que isso se deve pelo fato dos games estarem cada vez mais realistas?

Garrettimus: Eu jogo videogame desde os meus 10 anos de idade. Nos últimos tempos, tenho jogado muitos jogos “violentos” como os das séries Call of Duty, Medal of Honor e até mesmo o Fallout. Nem por isso, matei meu vizinho ou brigo com colegas de trabalho.

Acho que, se existe uma condição do tipo pré-disposição para a violência, qualquer mídia, seja filme, desenho, música ou games, pode fazer com que o indivíduo tenha os “5 minutos” de fúria. Colocar a culpa no videogame – e não no indivíduo – é muito fácil e “prático”.

 

Evoltecno: Alguma fita chegou a ser censurada na década de 80 por ter sido considerada com conteúdo impróprio?

Garrettimus: Sim, a empresa Mystique lançou uma série de três cartuchos para Atari com conteúdo erótico: Custer´s Revenge, Bachelor Party e Beat ‘Em & Eat ‘Em. Eram jogos bobinhos e com gráficos muito ruinzinhos, mas tinham realmente conteúdo impróprio para menores.

Outra empresa, a Universal Gamex, lançou o famoso X-Man, conhecidíssimo da molecada à época. Todos queriam jogar e ver, mas os pais e as mães não deixavam.

Se bem me lembro de ter lido por aí, uma associação de mulheres americanas, acho que as “Mães da América” ou algo assim, tentou proibir as vendas dos cartuchos, mas não me lembro se realmente foram proibidas.

 

Evoltecno: Recentemente, você lançou o livro “1983: O ANO DOS VIDEOGAMES NO BRASIL”. O que os leitores podem esperar de sua obra? Onde encontrá-la para compra?

Garrettimus: Eu procurei resgatar a história brasileira do início dos games no país, focando em informações de bastidores, em curiosidades mercadológicas e em entrevistas com os envolvidos no processo. Meu livro não é um catálogo dos melhores jogos ou de todos os títulos lançados nem contém dicas para colecionadores. Não, o foco é outro.

Procurei mostrar, sem preferências, em quais termos os primeiros videogames foram lançados, como as empresas nacionais se envolveram e desenvolveram suas idéias e estratégias, de que modo foi a aceitação por parte dos consumidores e outros detalhes. Tentei também – e sempre que possível – calcar as informações em dados reais retirados de publicações da época, tais como o Jornal Folha de S. Paulo, a revista Veja, e revistas especializadas em games do período, como a Micro & Video, a Vídeo News, a Vídeo Magia e a SomTrês.

A obra, que engloba brevemente telejogos/minigames/relógios, explora com profundidade os sistemas Atari e clones, Odyssey, Intellivision e Colecovision no contexto brasileiro.  Tem 108 páginas e muitas ilustrações. É material para quem gosta mesmo daquele período histórico e também para quem tenha curiosidade acerca de como os videogames apareceram no país.

1983: O ano dos videogames no Brasil

Ele foi lançado, com o apoio da ACIGAMES do amigo Moacyr Alves Jr., no dia 5 de agosto na loja UZ Games do Shopping Ibirapuera em São Paulo. Foi muito bacana.

Como se trata de uma produção independente, eu faço a venda diretamente por meio do e-mail euquero1983@gmail.com. O livro custa R$ 45,00 já com envio incluso para qualquer parte do país.

 

Evoltecno: Você ainda joga videogame? Qual é o seu preferido?

Garrettimus: Sim, eu jogo. Gosto muito dos jogos da série Fallout (o Fallout 3 e o New Vegas) dos consoles modernos, pois trazem um realismo, uma interação para com tudo à sua volta e um enredo muito bacanas. Ouso dizer que Fallout 3 seja o melhor jogo de videogame de todos os tempos. Ao contrário de alguns colecionadores de games clássicos, eu também gosto dos consoles modernos e sei apreciar o que de bom eles proporcionam.

Atualmente, em termos de clássicos, tenho um Atari 2600, um micro Atari 65 XE, e um ZX Spectrum +2. Eu colecionei de 1995 a 2010 e cheguei a ter muita, muita coisa, mas parei de colecionar, pois gasta-se muito dinheiro, tempo e energia com o hobby. Preferi dedicar-me à pesquisa dos bastidores dos videogames.

Garrettimus, o Blog >Evolução Tecnológic@_ agradece sua entrevista e deseja sucesso!

Dois exemplares do Epson HX-20

Epson HX-20: primeiro computador portátil da história a levar a sério o conceito de portabilidade e mobilidade

Epson HX-20 na maleta

O Epson HX-20 foi um dos primeiros computadores portáteis a levar a sério o conceito de portabilidade e mobilidade, ao passo que o seu gabinete integrava até mesmo uma pequena impressora de 24 colunas e um gravador de mini fita cassete, além da mini tela de cristal líquido.

Epson HX-20 (detalhe da impressora)

Epson HX-20 (detalhe do gravador de mini fita cassete)

A velocidade do seu processador era inferior a 1 Mhz, especificamente 0.614 MHz, 2.000 vezes mais lento do que um notebook popular dos dias atuais, mas dentro dos padrões da época.

Fabricado no Japão há cerca de 30 (trinta) anos atrás, vinha acompanhado de uma maleta executiva e o seu público alvo eram executivos, empresários e profissionais liberais.

Maleta do Epson HX-20

Tenho dois exemplares desse portátil e um deles acompanha o manual. O interessante dessas máquinas é entender o que elas representavam na época em que foram lançadas (1982). O HX-20 foi anunciado como o primeiro de uma nova geração de computadores pessoais. Veja alguns trechos interessantes que retirei do manual e traduzi:

Dois exemplares do Epson HX-20

Congratulations! You have just purchased the first of a new generation of personal computers.

Parabéns! Você acaba de adquirir o primeiro de uma nova geração de computadores pessoais.

Unlike most other personal computers, the HX-20 can store up to seventeen programs in its memory (Five of these may be BASIC programs).

Diferentemente da maioria dos outros computadores pessoais, o HX-20 pode armazenar até dezessete programas em sua memória (Cinco destes programas pode ser BASIC).

Furthermore, the HX-20 has a memory like an elephant. Unlike most personal computers, wich forget any program in memory as soon as they are “powered down,” the HX-20 remembers all programs in its memory even when you turn it off.

Além disso, o HX-20 tem uma memória de elefante. Diferentemente da maioria dos computadores pessoais, que esquece de qualquer programa na memória assim que eles são “desligados”, o HX-20 lembra de todo os programas em sua memória mesmo quando você desligá-lo.

The HX-20 is not a toy.

O HX-20 não é um brinquendo.

Pode até parecer engraçado hoje em dia, mas os computadores daquela época não tinham disco rígido ou memória flash. Digitava-se o programa que era executado na memória auxiliar (RAM) do computador e uma vez que a máquina era desligada se perdia tudo! A proposta do HX-20 era trazer alguns programas na memória de leitura (ROM) do computador.

O HX-20 tinha uma boa gama de acessórios externos: gravador de fita cassete (além do micro cassete que acompanhava), controladora de vídeo para ligá-lo a uma TV ou monitor de vídeo externo, impressora, uma ou mais unidades de floppy-disk, modem e leitor de código de barra! Com relação aos dois últimos acessórios, sim, naquela época já era possível se conectar por telefone a uma rede externa, como CompuServe e The Source, e já existia leitor de código de barra para micros pessoais!

Epson HX-20 (detalhe da micro fita cassete)

A memória de leitura (ROM) dele, assim como a auxiliar (RAM), podiam ser expandidas até 64 Kb e 32 Kb, respectivamente.

Epson HX-20

As fotos presentes neste post foram feitas dos dois exemplares que fazem parte da minha coleção.

Saudações binárias,

Rodrigo Marcos A. Rodrigues

Cassete do game Karateka

Game Karateka em fita cassete do Commodore 64

Há alguns dias atrás chegou pelo Correio da Inglaterra um novo integrante da minha coleção de micros antigos. Trata-se do game Karateka em versão cassete para o Commodore 64, original e com todos os encartes. Dê uma olhada nas fotos que fiz logo abaixo:

Encarte do game Karateka

Encarte do game Karateka

 

 

Cassete do game Karateka

Cassete do game Karateka

That’s cool :D

Rodrigo