Carregamento de programas de computador por meio de fita cassete

O vídeo abaixo demonstra o carregamento de um joguinho do MSX por meio de fita cassete. Este tipo de mídia chegou a ser utilizada antes do disquete, mas no Brasil perdurou por mais tempo em razão dos drives terem custo elevado na década de 1980. Observe a dificuldade em carregar um simples joguinho na memória …

A era pré-internet no Brasil

Tela do videotexto

Antes da internet surgir comercialmente em meados da década de 1990 no Brasil, já dispunhamos de tecnologias que possibilitavam o acesso a serviços públicos de comunicação de dados e banco de informações.

Conheça os principais a partir de um anúncio do computador SPECTRUM ed:

Cirandão – oferecia serviços de mensagens eletrônicas da Embratel nas principais cidades brasileiras.

Videotexto – serviço da antiga Telesp, onde podiam ser consultados dezenas de bancos de dados com informações sobre indíces econômicos, turismo, notícias de jornais, lazer, contas bancárias etc.

Aruanda – acesso ao banco de dados do Serpro para consulta de informações estatísticas diversas.

Conectava-se pela linha telefônica analógica numa velocidade que não ultrapassava 1.2 kbps, era muito, mas muito mais lento do que uma conexão popular de banda larga. Lembro que era possível ver a programação dos cinemas, indíces econômicos, horóscopo, notícias, acessar serviços bancários simples, como visualizar o saldo da conta, e até mesmo bater um “videopapo”. No caso do Videotexto, não aparecia barra de rolagem na tela, os gráficos eram em baixa resolução e com poucas cores (quando ligado a um monitor colorido ou tv).

No Brasil, esses serviços foram acessados por microcomputadores como UNITRON, TK 3000, EXATO pro CCE, dentre outros apples II compatíveis, MSX Expert da Gradiente, CP 500, COBRA e tantos outros que antecederam a chegada no Brasil dos PCs IBM e compatíveis.

A cidade de Santos tinha o seu próprio canal no sistema de VIDEOTEXTO, saiba mais.

Com a entrada dos PCs IBM e compatíveis e conforme a tecnologia evoluia, surgiram modems mais rápidos, lembro das placas US ROBOTICS de 14.400 bps, 28.800 bps e arrasadores 56 Kbps, na época praticamente um avião supersônico rs, mas ai já havíamos entrado na era da telefonia digital e internet …

Saudações, Rodrigo Marcos Antonio Rodrigues

Exato pro CCE - foto da parte de cima do gabinete

Conheça um dos micros que fizeram parte da evolução tecnológica no Brasil: Exato pro CCE

EXATO pro CCE - foto do gabinte com monitorO Exato pro foi um microcomputador brasileiro fabricado na década de 1980 pela CCE, compatível com o Apple II.

O exemplar das fotos faz parte da minha coleção e foi doado pelo colega advogado William, que também doou um Amiga 2000 para o meu acervo. Valeu brother!

Cheguei a operar esse micro na década de 1980, pois o meu pai tinha um exemplar completo em seu escritório, com drives de disquete, placas de expansão, impressora matricial etc. Com a chegada dos PCs IBM e compatíveis, tanto os micros que estavam no escritório como os que estavam em casa, todos da linha Apple II, foram doados ou descartados como lixo eletrônico, pois naquela época eu nem ao menos cogitava ficar guardando velharia :)

Saiba mais sobre o Exato pro da CCE.

 

Exato pro CCE - foto da parte de cima do gabinete

Exato pro CCE - foto da parte de cima do gabinete

Fonte: Clube Old Bits - http://www.cobit.xpg.com.br/

Fonte da imagem acima: Clube Old Bits – http://www.cobit.xpg.com.br/

A evolução tecnológica dos computadores e a liberdade de expressão

No princípio da evolução tecnológica, os computadores eram máquinas de fazer cálculos, hoje caminham para substituir o homem em diversas atividades do cotidiano, inclusive na tomada de decisões. A década de 1980 ficou conhecida como a “era da informática”, não foi por acaso. É inegável que a internet impulsionou a informática na década de 1990, derrubando fronteiras e criando um mundo conectado, mas a década de 1980 foi marcada pelo início da disseminação dos computadores pessoais, que já apresentavam recursos tecnológicos que permitiam a manifestação do pensamento através de redes públicas de informação, como Cirandão, Videotexto e Aruanda.

Em plena reserva de mercado no Brasil, equipamentos nacionais como o Unitron, compatível com o Apple II, eram comercializados com placas de rede. O Unitron vinha com uma interface RS232C incorporada. Até mesmo os micros portáteis, como o Tandy 102, fabricado no Japão pela Kyocera e compatível com a linha TRS-80 (mesma dos famosos micros CP 500 da Prológica), vinha com um modem incorporado que atingia a velocidade de 300 baud, ínfima se comparada as atuais que podem ultrapassar os 100 Mbps, mas suficiente para trocar mensagens e acessar serviços. Naquela época já existiam salas de bate papo, espaços onde as pessoas se comunicavam e manifestavam livremente seus pensamentos e idéias sobre o mundo.

Para se ter uma idéia da diferença de velocidade, um modem fabricado na década de 1980 pela Elebra, operava em 1200/75 bits por segundo. Um byte = 8 bits. Um kilobyte = 8.192 bits. Um megabyte = 8.388.608 bits. Um gigabyte = 8.589.934.592 bits! A diferença é brutal, hoje podemos navegar na internet pelo smartphone numa velocidade de 8.388.608 bits por segundo.

Além das redes públicas de informação acima citadas, existiam as BBS (Bulletin Board System). Este sistema, acessado por um computador com modem conectado a uma linha telefônica, tal qual fazíamos no princípio ao se conectar a internet, ou seja, por uma ligação telefônica discada, analógica, possibilitava desde a troca de arquivos até o envio de mensagens privadas, como fazemos hoje ao enviar um e-mail, com a diferença de que o envio não era instantâneo. Com o advento da internet e do protocolo HTTP (FTP, entre outros), que possibilitou uma navegação com texto, imagem e som, além de outros inúmeros fatores da conjuntura tecnológica e econômica da década de 1990, as BBS perderam o sentido, tornaram-se obsoletas.

Hoje, pleno século XXI, vivemos numa sociedade digital em que a tecnologia dos computadores está democratizada, presente nos milhares de lares brasileiros em razão do baixo custo das máquinas e da popularização da internet. Todos podem expressar o seu pensamento e compartilhar informações em escala global, sem fronteiras.

O texto acima é parte de um material por mim produzido para trabalho conjunto sobre liberdade de opinião e de expressão na rede mundial de computadores, cuja publicação e créditos são da Comissão de Ciência e Tecnologia da Ordem dos Advogados de São Paulo.

Saudações,

Rodrigo Marcos Antonio Rodrigues

Laser II da Milmar

Conheça um dos micros que fizeram parte da evolução tecnológica dos computadores no Brasil: Apple Laser IIc

Chegou um novo integrante da minha coleção de micros antigos: Laser IIc. Fabricado no Brasil em plena reserva de mercado, trata-se de um clone do Apple IIc, que era a versão compacta do Apple IIe.

Laser IIc da Milmar

Laser IIc da Milmar de evoltecno

Laser IIc da Milmar

Laser IIc, o clone brasileiro do Apple IIc

Diferente do original, o Laser IIc não vinha com um drive de 5 1/4″ embutido, mas é totalmente compatível. Seu nicho era dos micros portáteis e transportáveis, apesar de não ter tela. Na realidade, a Apple comercializava separadamente um monitor de 9″ para ser usado com ele.

O Laser IIc era fabricado pela empresa Milmar, como ilustra o anúncio da época:

Anúncio do Laser IIc

 

Apesar disso, nada consta no gabinete sobre a empresa Milmar. O micro apresenta a etiqueta abaixo:

Imagem da etiqueta do Laser IIc

Imagem da etiqueta do Laser IIc

Assim como o TK 3000 IIe Compact, não é possível remover sua tampa para ter acesso aos 8 slots de expansão, pois são inexistentes. O micro oferece apenas uma porta de expansão em sua traseira e uma controladora de drives interna, por meio da qual é possível a ligação de 2 drives externos, conforme imagens abaixo:

Laser IIc

Porta traseira do Laser IIc de evoltecno

Laser IIc da Milmar

Lateral do Laser IIc da Milmar de evoltecno

Sua configuração é praticamente igual ao do Apple IIe.

O detalhe fica para a alça de transporte:

Laser II da Milmar

Alça de transporte do Laser II da Milmar de evoltecno

O Apple IIc foi lançado em 1984, mas o seu clone brasileiro ganhou vida somente em 1988.

As fotos acima foram feitas do meu micro, por sinal muito bem conservado.

A história da evolucão tecnológica dos computadores continua em próximo post!

Abraços,

Rodrigo Marcos Antonio Rodrigues

Propaganda antiga do Phantom System

O Phantom System foi um videogame fabricado pela Gradiente no final da década de 80, compatível com o Nintendo de 8 bits.

Sua campanha de marketing incluiu uma propaganda veiculada na TV, a qual foi um sucesso entre as crianças.

Veja o vídeo:

Empresa lança versão modificada do Commodore 64 com processador de última geração

O Commodore 64 foi um dos micros de 8 bits mais vendidos no mundo. Estima-se que foram vendidas 30 milhões de unidades durante o seu período de produção, que iniciou em 1982 e terminou em 1993 (Old-computers.com).

A exemplo do Apple II, tinha um processador que não chegava a 2 Mhz de velocidade, 64 Kb RAM (média da memória na época), gravador de fita cassete e drive de disquete, esses últimos dois eram acessórios opcionais.

Focando os amantes desse micro de sucesso, a Commodore lançou duas novas versões do 64 com hardware consoante às novas tecnologias, mas manteve o mesmo shape da versão clássica. As versões são: C64x Ultimate com processador Atom 525 Dual Core e C64x Extreme com a segunda geração do processador Intel Sandybridge Core i7.

O micro vem equipado com gravadora de CD/DVD, múltiplos leitores de cartão de memória flash, portas USB, 4 GB DDR2 na versão mais simples e 8 GB DDR3 na versão mais avançada, podendo ser conectado em televisores e aparelhos de som de alta definição.

As últimas versões do WIndows podem ser instaladas sem problemas, mas como num passe de mágica, o micro alterna para o ambiente clássico do 64, ideal para os amantes desse micro reviverem os jogos clássicos que marcam época.

Imagens do novo Commodore 64:

Novo Commodore 64

Novo Commodore 64

 

Site oficial: http://www.commodoreusa.net/CUSA_C64.aspx

Abraços,

Rodrigo Marcos Antonio Rodrigues

Novas caixas de micros e videogames antigos

Nasceram novos filhos do colecionador Claudio Moisés:

Intellevision

https://picasaweb.google.com/113041461273548964908/CaixaDePapelaoIntellivision?authkey=Gv1sRgCKqj4PeB_cW3qgE&feat=email#

CP 200S

https://picasaweb.google.com/113041461273548964908/CaixaDePapelaoCP200S?authkey=Gv1sRgCLGct_3B5oS1qAE&feat=email#

Veja a relação completa neste post.

Algumas placas de expansão do Apple II

Quando Wozniak decidiu que o Apple teria 8 slots de expansão, Steve Jobs discordou, achava desnecessário, e após uma prolongada discussão, Woz fez valer a sua vontade.

Woz tinha razão, os slots conferiram um grande poder ao Apple II. A própria Apple Computer Inc. e várias outras empresas passaram a fabricar placas de expansão e periféricos para esse micro.

Algumas delas são integrantes de minha coleção de micros antigos. Confira abaixo:

Placa de 80 colunas

Originariamente, o Apple II gerava 40 caracteres por linha. A placa da imagem dobra essa capacidade, permitindo 80 caracteres por linha.

Interface de impressora para Apple II

A placa da imagem permite a conexão de uma impressora ao Apple II

Placa de expansão de memória para o Apple II

Originariamente, o Apple II tinha uma memória nativa de até 48Kb (RAM). A placa da imagem agregava incríveis 128 Kb à memória nativa, permitindo rodar softwares mais complexos.

Tenho outras três placas do Apple II guardadas: duas controladoras de drive e uma super serial card. Não me recordo de ter outras …

A controladora de drive, como o próprio nome sugere, permite a ligação de drives externos de disquete (até dois), e a super serial card é uma placa de comunicação, através da qual posso conectar o meu Apple II a um computador moderno.

Até a Microsoft chegou a produzir placa de expansão para o Apple II …

Abraços, Rodrigo Marcos Antonio Rodrigues